O transplante de órgãos e sua aplicação no tratamento das afecções terminais converteram-se num dos capítulos de maior sucesso na história da medicina, e em aproximadamente três décadas, o transplante evoluiu de um procedimento relativamente arriscado, para uma intervenção terapêutica eficaz nos doentes terminais do coração, fígado e pulmão. Em decorrência do pequeno número de casos de morte encefálica, comparados com as mortes biológicas não compatíveis com a doação, e da complexidade do processo de obtenção de órgãos, pode-se observar que o número de doadores ainda é insuficiente para atender à crescente demanda de pacientes em lista de espera, e isto passou a ser o maior obstáculo para a realização de transplantes. A justificativa da pesquisa se deu a partir de um estágio extracurricular realizado na Central de Transplante da Paraíba, onde pudemos observar que existia um número significativo de potenciais doadores, porém vários fatores impediam a efetivação da doação de órgãos destes indivíduos. Diante desta problemática foram traçados os seguintes objetivos: Conhecer o processo de obtenção de órgãos e identificar os principais fatores que impedem a efetivação da doação de órgãos. O estudo foi do tipo bibliográfico através da pesquisa em livros, Internet, revistas e manuais. A literatura pesquisada revelou que o processo de doação-transplante é bastante complexo, tendo início e término com a sociedade, que fornece os órgãos e se beneficia deles. Os principais fatores impeditivos a doação de órgãos identificados foram: morte encefálica não confirmada, contra-indicações médicas, não localização da família, não autorização da mesma e infra-estrutura inadequada. |