A anticoncepção de emergência é uma forma de contracepção que pode ser usada por mulheres com risco de gravidez logo após uma relação sexual desprotegida, uso incorreto do método contraceptivo e/ou violência sexual. Este estudo teve como objetivo conhecer a incidência da Anticoncepção de Emergência entre os anos 2000 a 2003 em instituições públicas de saúde que têm o serviço de planejamento familiar e fazem a anticoncepção de emergência da cidade
de Fortaleza-CE.

Trata-se de uma pesquisa retrospectiva de caráter quantitativo, no qual os dados foram colhidos no período de agosto a setembro de 2003.

A amostra constou de todas as mulheres em idade reprodutiva que procuraram as
instituições pesquisadas para fazerem uso da anticoncepção de emergência. Para a obtenção das informações foi utilizado um instrumento de levantamento de dados.

A análise dos resultados revelou que a maioria das mulheres (50%) que procuraram os serviços para fazerem uso da anticoncepção de emergência era jovens com idade entre 20 a 29 anos e o fizeram, principalmente, pela falha do método (53%), não havendo predominância da incidência entre os meses dos anos pesquisados.

Conclui-se que o uso da anticoncepção de emergência de forma adequada pode trazer um impacto significativo na saúde das mulheres, reduzindo as gravidezes indesejadas e, conseqüentemente, os abortos induzidos.

Entretanto, é fundamental orientar que a Anticoncepção de Emergência só deve ser usada em situações de emergência não devendo substituir o uso regular de métodos anticoncepcionais e que não oferece proteção contra doenças sexualmente transmissíveis nem AIDS.