Esta pesquisa é do tipo descritiva, de caráter qualitativo. O trabalho teve como objetivos descrever as medidas sócio-educativas praticadas pelos profissionais de saúde junto às famílias que moram em comunidades que apresentam casos de Leishmaniose Visceral e discutir os motivos que levam as famílias a resistirem em aceitar as medidas sócio-educativas praticadas pelos profissionais de saúde no controle da Leishmaniose Visceral. O calazar é uma zoonose que afeta o homem e outros animais, e é um crescente problema de saúde pública no país, sendo uma endemia em franca expansão geográfica. Os locais do estudo foram os bairros Bela Vista e Vila Bandeirantes da cidade de Teresina onde estes apresentam características propícias para o desenvolvimento da Leishmaniose Visceral. Os sujeitos da pesquisa foram famílias que vivem nestas comunidades e nas quais algum membro já tenha apresentado casos da doença. O instrumento da coleta de dados foi a entrevista semi-estruturada, na qual agrupou-se as respostas em cinco categorias analíticas: conhecimento sobre a Leishmaniose Visceral; orientação dada pelos profissionais de saúde; conduta dos profissinais após detectarem o calazar na comunidade; destino dos cães supostamente doentes e medidas preventivas praticadas pelos profissionais de saúde que as famílias desenvolvem. Ao final, constatou-se que a resistência das famílias frente às medidas sócio-educativas praticadas pelos profissionais de saúde ocorre devido a população não ter acesso adequado às informações sobre a patologia, visto que os órgãos públicos não desenvolvem políticas voltadas para a prevenção do calazar, agindo apenas após a detecção dos casos. |