Anais - 12º CBCENF

Resumos

Título TABAGISMO E PROFISSIONAIS DE SAÚDE: CRENÇAS E CREDIBILIDADE PARA RECOMENDAÇÃO DE INTERRUPÇÃO
Autores
CASSIMIRO NOGUEIRA JUNIOR (Relator)
VANUSA CRISTINA DE SOUZA
ROBERTA DE FREITAS MENDES
CRISTINA ARREGUY-SENA
ROSAMARY APARECIDA GARCIA STUCHI
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas de Saúde
Tipo Pesquisa

Resumo
Pesquisa quantiqualitativa realizada em 2004, numa cidade mineira. Objetivamos analisar, na perspectiva dos profissionais de saúde, as crenças que eles possuem para o comportamento de fumar/não fumar; os malefícios que reconhecem de serem fumantes passivos ou ativos e o quanto ser fumante pode gerar (des)credibilidade para as pessoas que recomendam a interrupção do tabaco. O referencial de Rokeach classifica as crenças em “A”; “B”; “C”; “D” e “E” num eixo imaginário que define o nível de importância de cada crença dentro do sistema e permite compreender o quanto os comportamentos e atitudes são passíveis de serem modificados. Realizamos entrevistas individuais gravadas. Submetemos o projeto ao Comitê de Ética do Hospital Universitário-UFJF (protocolo 292.096-2003). Participaram 75 profissionais: 54,7% mulheres; 56% com pelo menos um filho; 74,7% convivendo com fumantes; 66,7% com companheiro fixo, 28% convivendo com o parceiro fumante; 66,6% com 20 a 40 anos de idade; 13,3% fumantes ativos e 86,7% não fumante. Identificamos 219 crenças, sendo 42,5%- D, 23,8%- A, 22,8%- E, 8,2%- C e 2,7%- B. O sistema de crença tendeu a perifericidade para o comportamento de fumar e de não fumar. O comportamento de não fumar foi considerado relevante na análise da credibilidade para recomendar a interrupção do consumo do tabaco e a maioria atribuiu credibilidade total aos seus colegas não fumantes quando recomendam interrupção do tabaco terapeuticamente e adotaram pouca tolerância quando um profissional fumante orienta um colega a interromper o hábito de fumar. Concluímos que o sistema de crença contribuiu para subsidiar reflexões sobre a importância dos profissionais de saúde adotarem coerência entre as recomendações terapêuticas que fazem e o comportamento pessoal que adotam e possibilita realizar um recorte capaz de estruturar ações educativas num paradigma que possibilita nortear intervenções com eficácia.