Anais - 12º CBCENF

Resumos

Título PROGRAMA DE PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA: ACESSO EM SAÚDE E CONTROLE DA ESQUISTOSSOMOSE
Autores
LUIZA VALGAS DE PAULA (Relator)
DENER CARLOS DOS REIS
LEONARDO FERREIRA MATOSO
ANDRÉA GAZZINELLI
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas de Saúde
Tipo Pesquisa

Resumo
O objetivo do estudo foi avaliar um programa de educação em saúde fundamentado na participação e mobilização comunitária voltado para melhorias no acesso aos serviços de saúde pública e as ações de prevenção e controle da esquistossomose no Distrito de São Pedro, Jequitinhonha, MG. Participam do estudo 40 moradores da localidade, profissionais de saúde, gestores locais, que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (COEP/UFMG nº 213/06), e os pesquisadores. Foram realizados 10 grupos focais com o tema acesso em saúde e controle da esquistossomose. Os dados coletados foram analisados segundo os pressupostos da análise de conteúdo de Bardin. O programa fundamentou-se em estudo realizado pelos pesquisadores em 2007 que observou alta prevalência da doença (39,4%) e uma baixa taxa de utilização espontânea, pela população, dos serviços de saúde para o diagnóstico e tratamento da esquistossomose entre 2002 e 2006 (24,5%) nessa localidade. Aliado a isso, existiam deficiências no programa local de controle da doença e um baixo nível de organização comunitária. O principal resultado desse programa foi à eleição, pela comunidade, das ações a serem desenvolvidas pelos participantes para melhorar o acesso em saúde e o controle da esquistossomose. Aos pesquisadores coube o desenvolvimento de ações de educação em saúde junto à comunidade, aos gestores públicos a revitalização da lavanderia pública e implementação de ações de saneamento básico e à comunidade a reativação da associação comunitária. O programa permitiu aliar a produção de conhecimento a uma prática concreta e possibilitou que a comunidade percebesse o papel da pesquisa e da universidade para melhorias em saúde. Espera-se que esse programa possa ser utilizado amplamente por profissionais e pesquisadores, principalmente os que atuam na Atenção Básica e, com isso, cada vez mais incluir a comunidade no planejamento, na implementação e na avaliação das ações de saúde pública voltadas para a coletividade.