Anais - 12º CBCENF

Resumos

Título RESGATE HISTÓRICO DE ATENÇÃO AO PARTO: POR UM PARTO RESPEITOSO
Autores
ERICA CRISTINA DE SOUZA MOTTA (Relator)
PATRÍCIA VIEIRA VIANA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Integralidade do cuidado
Tipo Monografia

Resumo
RESGATE HISTÓRICO DE ATENÇÃO AO PARTO: POR UM PARTO RESPEITOSO Historicamente, o parto foi vivenciado como um evento feminino. Durante muito tempo pariram sozinhas, auxiliadas por mulheres do seu convívio social como a mãe, parentes, ou parteira, excluída dos livros e da ciência. O nascimento, sofreu transformações sociais e deixou de ser exclusivamente feminino, para ser caracterizado como evento médico, cujos significados científicos derivam de uma visão mecanicista da realidade. O parto, evento familiar, subjetivo, passou a ser um evento hospitalar, mecanicista, onde a mulher deixou de ser protagonista da própria história e tornou personagem coadjuvante no processo de parturição. A tendência em transformar um evento fisiológico normal em um procedimento médico-cirúrgico restringe o espaço ou a liberdade das mulheres em vivenciar o nascimento de seu filho, e abre espaço para as intervenções desnecessárias. Os objetivos deste estudo são: identificar a produção científica nacional sobre a história do parto ontem e hoje; Compreender a história da arte de partejar; levantar os aspectos humanísticos e sócio-culturais na assistência ao parto em diversas épocas. Para a realização desse estudo foi realizada uma seleção de artigos indexados em bancos de dados reconhecidos. A análise dos artigos baseou-se na técnica de análise de conteúdo, modalidade temática, proposta por Bardin. Diante da problemática abordada, reconhecer a história do parto e sua relação com a cultura, associando aos aspectos humanísticos e tecnológicos permitiu a compreensão das influências históricas no processo de parturição. A modernidade carrega uma tendência de medicalizar, instrumentalizar e transformar o nascimento, o que vem exigir necessária mudança de postura dos profissionais envolvidos e da sociedade na tentativa de restabelecer a naturalidade do processo de parir, respeitando a subjetividade feminina.