Anais - 23° CBCENF

Resumos

Título AVALIAÇÃO DA ADESÃO À TERAPIA ANTIRRETROVIRAL DE ADULTOS VIVENDO COM HIV EM BOA VISTA, RORAIMA
Autores
JADILA TAINÁ SANTOS DE OLIVEIRA (Relator)
LUIZA BRUM ARGENTA
NAYARA KALILA DOS SANTOS BEZERRA
STELA MARIS DE MELLO PADOIN
JACKELINE DA COSTA MACIEL
Modalidade Comunicação coordenada
Área TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo Monografia

Resumo
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é caracterizada como condição crônica, sem cura, e potencialmente controlada devido aos avanços relacionados ao tratamento. No entanto, apesar do acesso à terapia antirretroviral ter melhorado a condição de saúde e qualidade de vida da população que vive com HIV só será totalmente eficaz se houver manutenção da adesão à terapia antirretroviral (TARV). A pesquisa teve como objetivo avaliar o grau de adesão à TARV de adultos em um serviço de assistência especializada (SAE) em Boa Vista-RR. Utilizou-se a abordagem quantitativa, descritivo-analítico com delineamento transversal, baseada na aplicação de questionário a pessoas vivendo com HIV acompanhadas no SAE de Boa Vista-RR no período de fevereiro a março de 2020. Para identificar o grau de adesão foi aplicada a versão brasileira do “Cuestionario para la Evaluación de la Adhesión al Tratamiento Antiretroviral” (CEAT-VIH). As análises descritivas dos dados foram realizadas no software Statistical Package for the Social Sciences versão 20. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer Nº 3.636.849. A amostra foi composta por 168 pessoas, sendo o perfil predominante por homens (71,4%), pardos (70,2%), solteiros (54,2%). O nível global da adesão à TARV, utilizando o CEAT-VIH, identificou a prevalência de adesão insuficiente (81,6%). A eficácia da TARV depende da adesão do paciente ao tratamento, para manter a carga viral indetectável e reduzir os riscos de transmissibilidade do vírus. A prevalência de adesão observada pode estar associada ao menor nível de escolaridade e à baixa renda per capta das pessoas vivendo com HIV acompanhadas no local do estudo, tendo como consequências a dificuldade de compreender o tratamento e a importância da sua manutenção e o acompanhamento ambulatorial periódico. Sendo assim, torna-se relevante que a equipe multiprofissional busque ativamente aquelas pessoas com propensão a não adesão, bem como, acompanhar o nível de adesão em determinados intervalos de tempo para identificar fatores determinantes e condicionantes que predispõe ao abandono ou ao emprego inadequado da terapia e, buscar soluções que facilitam o acesso do indivíduo ao serviço e a manutenção do tratamento.