Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título PERFIL DE MORBIMORTALIDADE ENTRE ADOLESCENTES DE MATO GROSSO DO SUL
Autores
POLLYANNA SIMOES COUTINHO (Relator)
EMANUELE BOZZA SORGATO
NATHAN ARATANI
FLAVIA RENATA DA SILVA ZUQUE
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) define adolescente como o grupo entre 10 e 19 anos, sendo representados por 18% da população mundial total, sendo que 88% vivem em países emergentes. Entre as principais causas de morbidade e mortalidade neste grupo encontram-se o suicídio, acidentes de trânsito, o tabagismo e problemas de saúde sexual e reprodutiva. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de morbidade e de mortalidade geral em adolescentes do estado de Mato Grosso do Sul, entre os anos de 2012 a 2016. Método: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa, retrospectivo e de corte transversal. Os dados foram extraídos dos Sistema de Informação Hospitalar e do Sistema de Informação de Mortalidade. As variáveis investigadas foram: sexo, faixa etária, cor/raça, escolaridade, estado civil, capítulo na Classificação Internacional de Doenças-CID e local de ocorrência dos óbitos. Resultados: No período investigado ocorreram 92.644 internações de adolescentes e foram registradas 1.730 mortes em adolescentes. Referente a morbidade, (51,1%) eram pardos , 70,6% eram do sexo feminino e a principal causa de internação estava relacionada à gravidez, parto e/ou puerpério (48,7%) seguido pelas internações decorrentes de afecções do aparelho geniturinário. Quanto à mortalidade geral, foram registrados 76824 óbitos no total e, dentre esses casos 2,3% (n= 1730) ocorreram na adolescência, sendo que, desse universo, 72,5% eram do sexo masculino; solteiros (91,6%); de cor/raça parda (51,3%); quanto à escolaridade 32% tinham entre 8 a 11 anos de estudo; a principal causa de morte foi por causas externas (69,9%) de acordo com o capítulo CID-10. Em relação ao local de ocorrência do óbito 40,1% ocorreram em hospitais e 24,6% em via pública. Conclusão: Os dados aqui apresentados corroboram outros estudos, evidenciando a necessidade de implementação de políticas públicas e diretrizes, que priorizem ações multissetoriais, como a saúde, a educação, o transporte, com ênfase na promoção, proteção e recuperação da saúde, garantindo assim uma melhor qualidade de vida para essa população.