Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CONDIÇÕES DE VITALIDADE, NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
Autores
ROSA ALVES DA SILVA (Relator)
ADELIS DOS SANTOS FERREIRA
FLAVIANY DA SILVA BRITO
SIMONE PEREIRA DA SILVA CAETANO
FLÁVIA RENATA DA SILVA ZUQUE
NATHAN ARATANI
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
A adolescência é uma fase que possibilita descobertas que podem impactar sua vida futura, como a exposição a álcool, drogas e sexo desprotegido. A sexarca, primeira experiência sexual, ocorre geralmente na adolescência, podendo levar a gravidez precoce, o que gera um problema de saúde pública, tendo em vista que nessa fase, a gestação é considerada de risco, tanto para as mães quanto para os fetos/recém-nascidos, porém, as conseqüências não se limitam somente nisso, há interferência no relacionamento familiar, na conclusão dos estudos, na qualificação profissional, entre outros. Objetivou-se fazer uma análise temporal sobre o número de nascidos vivos de mães adolescentes, no estado de Mato Grosso do Sul, e o perfil demográfico dessas adolescentes, no período de 2006 a 2016. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo com base em dados secundários disponíveis no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos, na base de dados do Ministério de Saúde- Datasus. No período investigado houve um total de 457.103 nascimentos, desse total 22,08% (100.949) as mães eram adolescentes. Observou-se que o número de nascimentos entre adolescentes na faixa etária de 10 a 14 anos têm-se mantido estável, quanto à faixa etária de 15 a 19 anos houve uma queda no número de nascimentos no ano de 2016. Desse universo 94,3% dos nascimentos eram de mães na faixa etária de 15 a 19 anos, com predomínio da categoria parda (52%), com escolaridade entre 8 a 11 anos (52,4%) e solteiras (76%). Em relação à gestação a maioria dos nascimentos ocorreu entre a 37ª e 41ª semanas (85,6%), e 98,9% era feto único, em 73,8% dos registros não foi informado o número de gestações, o parto vaginal foi realizado em 55,1% dos casos. Quanto à criança 61,6% pesaram entre 3000 a 3999g e o Índice de Ápgar, no primeiro minuto, foi entre 08 e 10 para 83,3% dos recém-nascidos. Os resultados aqui apresentados evidenciam que o número gravidez na faixa entre 10 a 14 tem se mantido estável, mostrando a necessidade de que os gestores e os profissionais de saúde, especialmente a enfermagem, devam investir em ações de educação em saúde e de promoção da saúde sexual e reprodutiva, de modo a reduzir os índices de gravidez na adolescência.