Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título PERFIL DE MORTALIDADE FETAL E NEONATAL, DE GESTANTES ADOLESCENTES, NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
Autores
FLAVIANY DA SILVA BRITO (Relator)
ROSA ALVES DA SILVA
ADELIS DOS SANTOS FERREIRA
SIMONE PEREIRA DA SILVA CAETANO
NATHAN ARATANI
FLAVIA RENATA DA SILVA ZUQUE
SUELI SANTIAGO BALDAN
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
A gravidez na adolescência e considerada, um problema social e de saúde pública, pois além dos fatores biológicos, os relacionados as baixas condições socioeconômicas e culturais têm sido descritos como fatores de risco para a gestante e a criança. Os óbitos fetais e neonatais, refletem tanto as condições socioeconômicas e de saúde, quanto a qualidade da assistência pré-natal, parto e ao recém-nascido. Objetivou-se investigar os óbitos fetais e neonatais, no estado de Mato Grosso do Sul, no período de 2006 a 2016, e identificar o perfil materno-infantil relacionado a esses óbitos. Trata- se de um estudo epidemiológico descritivo com base em dados secundários disponíveis no Sistema de Informação de Mortalidade, sobre óbitos fetais e infantil, na base de dados do Ministério da Saúde - Datasus. No período investigado foram registrados, 1.785 casos de óbitos infantis, de filhos de mães adolescentes, sendo que 68,9% (n=1230) ocorreram no período neonatal. Em relação à faixa etária das adolescentes 91,1% tinham entre 15 a 19 anos, a maioria (29,8%) ocorreu na idade gestacional entre 22 a 27 semanas, quanto ao tipo de gravidez 92,1% era de feto único, e 66,8% dos partos foram por via vaginal. Quanto ao neonato 30,4% pesaram entre 500 a 999g, ao nascer. Do total de óbitos fetais registrados (4986) 22,2% (n= 1105) eram de gestantes adolescentes. Observou-se, ainda, que o número dos óbitos fetais entre as gestantes adolescentes na faixa etária de 10 a 14 anos, têm se mantido estável, quando comparado com a faixa etária de 15 a 19 anos, onde houve um decréscimo. De acordo com a idade gestacional 51,5% dos óbitos fetais ocorreu abaixo de 32 semanas, 92,1% ocorreram antes do parto, houve predomínio de partos por via vaginal (70,1%), em relação ao peso 31,5% dos fetos pesavam entre 500 a 999g, quanto ao tipo de gravidez 95,3% era única. Os resultados aqui apresentados evidenciam que o número de óbitos fetais entre as gestantes adolescentes com faixa etária de 10 a 14 anos tem se mantido estável e que a maioria dos óbitos infantis ocorreram no período neonatal, mostrando a necessidade de investimento em ações de saúde, melhorar a qualidade da assistência pré-natal, incentivar o planejamento reprodutivo, de modo a reduzir os casos de óbitos fetais e neonatais, assegurando uma melhor qualidade de vida para as adolescentes.