Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título REINTERNAÇÃO HOSPITALAR: UMA ANÁLISE ENTRE NEONATOS ICTÉRICOS
Autores
THAÍS CRISTINA NASCIMENTO DE CARVALHO (Relator)
CARINA DA SILVA CARNEIRO
ANDRESSA TAVARES PARENTE
ADRIELE DO SOCORRO SANTOS BRABO
ANTÔNIO CORREA MARQUES NETO
FÁBIO CONCEIÇÃO DOS SANTOS
MARCELO WILLIAMS OLIVEIRA DE SOUZA
JAMIL MICHEL MIRANDA DO VALE
Modalidade Pôster
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇAO: a icterícia (coloração amarelada da pele e outros órgãos) é considerada uma importante enfermidade no período neonatal que corresponde à expressão clínica da hiperbilirrubinemia (acúmulo de bilirrubina no sangue). Essa hiperbilirrubinemia é uma vivência diária no ambiente hospitalar quando se trata de reinternação, por essa razão, merece destaque no entendimento fisiopatológico e terapêutico de modo a prevenir seu agravamento, que tem no kernicterus a sua principal e mais grave complicação. OBJETIVO: analisar o perfil de ocorrência de reinternação entre neonatos com icterícia e os motivos dessa reinternação, no setor de neonatologia de um Hospital de Referência em Saúde Materno Infantil em Belém, Pará. METODOLOGIA: desenvolveu-se uma pesquisa de caráter descritivo, com abordagem quantitativa. A amostra total foi de 90 recém-nascidos, sendo a coleta de dados realizada no período de junho a setembro de 2014 por meio de um instrumento de coleta baseado nos prontuários. RESULTADOS: observou-se que 83,3% (75-90) dos neonatos precisou ficar internado apenas uma vez (ainda em consequência do parto) e 16,7% (15-90) necessitou de readmissão hospitalar. Sendo o motivo principal dessa reinternação, a icterícia com 66,7% (10/15), seguida da perda de peso com 13,3% (2/15). Esse resultado da prevalência da icterícia sendo a causa principal de readmissão do recém-nascido pode estar relacionado a vários fatores, entre eles, a despreocupação com o nível da bilirrubinemia na alta hospitalar, as altas precoces principalmente na primeira semana de vida, o retorno ambulatorial tardio (2 semanas de vida) e o inadequado aporte hídrico associado a amamentação incorreta do recém-nascido. CONCLUSÃO: logo, entende-se que o risco para hiperbilirrubinemia pode ser considerado multifatorial, por isso mudanças precisam ocorrer visando a minimização das complicações, como critérios mais rigorosos para alta hospitalar; incentivo às genitoras para o comparecimento às consultas após essa alta, assistência adequada e de qualidade nesse atendimento, sensibilização das mães quanto ao aleitamento materno exclusivo e o número de mamadas ao dia. Tais fatores podem interferir de forma significativa nas taxas de reinternação no período neonatal, evitando assim consequências graves e sequelas permanentes.