Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título VIVÊNCIAS DOS ENFERMEIROS NO CUIDADO ÀS CRIANÇAS E AOS ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR
Autores
LÍVIA DAYANE SOUSA AZEVEDO (Relator)
RODRIGO JÁCOB MOREIRA DE FREITAS
TEREZA AMÉLIA DE MORAIS COSTA PINTO
CATARINY LINDARAY FONSECA DE LIMA
DEIVSON WENDELL DA COSTA LIMA
Modalidade Pôster
Área Ética, Legislação e Trabalho
Tipo Monografia

Resumo
INTRODUÇÃO: A violência intrafamiliar vivida por crianças e adolescentes torna-se prejudicial ao seu desenvolvimento físico e psíquico, as quais podem ter consequências em longo prazo, afetando nas suas relações familiares e em seu convívio social. Realizar o cuidado a vítima de violência intrafamiliar requer da enfermagem atitude ética para promover segurança, acolhimento, respeito e satisfação das necessidades das crianças e adolescentes e sua família. OBJETIVO: Compreender a vivência do enfermeiro no cuidado às crianças e adolescentes vítimas de violência intrafamiliar, em Unidades Básicas de Saúde. MÉTODO: Pesquisa descritiva de delineamento qualitativo realizada com 08 enfermeiros que trabalhavam em Unidades Básicas de Saúde de uma cidade do nordeste brasileiro. Para obtenção dos dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas e em seguida foram analisadas a partir da análise temática de conteúdo proposta por Bardin. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética com número CAAE 45449515.3.0000.5296. RESULTADOS: As entrevistadas eram 100% do sexo feminino, com predominância da faixa etária de 31 a 40 anos, idade média de 35 anos. Elas trabalhavam na Unidade Básica de Saúde com período de 2 a 22 anos. Quanto à formação, apenas duas tinham especialização. Evidenciaram-se três categorias que expressaram as principais vivências do enfermeiro: aproximação com a violência, sentimentos de proteção à vítima e de raiva ao agressor e conduta ética profissional. Os enfermeiros vivenciam no seu cotidiano de trabalho uma prática frequente de violência contra crianças e adolescentes, principalmente por pessoas próximas às vítimas. Os sentimentos de proteção e raiva dos enfermeiros determinam o maior interesse na identificação do agressor e da vulnerabilidade da família, bem como na notificação da violência e no cuidado à vítima. Para tanto, é necessária uma conduta ética do profissional de enfermagem das Unidades Básicas de Saúde articuladas a uma rede de apoio especializada. CONCLUSÕES: Este estudo permitiu a apreensão da vivência dos enfermeiros no cuidado às crianças e aos adolescentes vítimas de violência intrafamiliar. As discussões sobre estas vivências precisam acontecer nos ambientes de trabalho e de formação profissional. O enfermeiro necessita de qualificação ética e técnica para conduzir as situações de violência em sua prática.