Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título DIFICULDADES DE PESSOAS COM TUBERCULOSE EM TRATAMENTO SUPERVISIONADO: PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Autores
VIVIANE SANTANA DE ANDRADE (Relator)
AMÉLIA NUNES SICSÚ
ROXANA ISABEL CARDOZO GONZALEZ
MONICA CRISTINA ALEXANDRE D AURIA DE LIMA
LÚCIA MARGARETH BARRETO BELMONT
DÉBORA ALENCAR ITAQUY
PEDRO FREDEMIR PALHA
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: O Tratamento Diretamente Observado (TDO) é uma ação importante para o controle da Tuberculose (TB), contudo, tem enfrentado dificuldades na sua operacionalização, o que o fragiliza, enquanto estratégia de controle da TB. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo é analisar as dificuldades de pessoas com TB em TDO segundo a visão dos profissionais de saúde. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo qualitativo realizado com 7 enfermeiros e 4 agentes comunitários de saúde de cinco municípios (Parintins, Itacoatiara, Manacapuru, Tabatinga e Tefé) prioritários para o controle da TB no interior do Amazonas. A coleta de dados foi realizada nos meses de janeiro a abril de 2016. As entrevistas foram realizadas individualmente, com duração em média de 25 minutos, sendo gravadas em áudio por meio de um gravador digital. As entrevistas foram transcritas e analisadas por meio da análise de discurso de matriz francesa. RESULTADOS: Dos resultados emergiram os seguintes blocos discursivos: dificuldade socioeconômica, uso de álcool e drogas e duração prolongada do tratamento. O discurso dos profissionais de saúde dos municípios de Itacoatiara (...é muito pouco o salário que eles ganham, são pessoas bem carentes mesmo e eles precisam trabalhar - E1 – município de Itacoatiara), Parintins (realmente tem necessidade financeira... E4 – município de Parintins) e Tabatinga (O paciente começa fazer o tratamento, aí começa ter aqueles problemas que a gente até falou que é a respeito de alimentação, condição financeira - ACS 3 – município de Tabatinga) apresentaram em comum a percepção das dificuldades socioeconômicas que permeiam a vida da pessoa com TB, revelando disparidades nas ações de enfrentamento. Outras dificuldades identificadas no discurso dos profissionais estão relacionadas ao uso de drogas e álcool (as meninas (ACS) tiveram que se adequar, porque ele era um paciente alcoólatra – E6 – município de Tefé), bem como, dificuldades relacionadas a própria duração do tratamento (É... outra coisa também, o tempo... porque são seis meses, o tempo de duração do tratamento - E2 – município de Manacapuru). CONCLUSÃO: Dessa forma, os aspectos abordados trazem à tona um dos pilares da atual estratégia de controle da TB End TB “cuidado centrado no doente”, o qual enfatiza a importância de avaliar sistematicamente e responder às necessidades e expectativas das pessoas adoecidas, o que se constitui em principal desafio em serviços em que ainda predomina a doença como centro do cuidado.