Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título CONHECIMENTO SOBRE TESTAMENTO VITAL ENTRE OS ACADÊMICOS DE SAÚDE: UM ESTUDO SECCIONAL
Autores
LOWISA CONSENTINI GARCIA (Relator)
ESTER ALVES DE OLIVEIRA
MARCELA CATUNDA DE SOUZA MICHILES
THALIA MENDONÇA CARDOSO
ANTÔNIO SÁVIO INÁCIO
SIBILA LILIAN OSIS
SELMA BARBOZA PERDOMO
Modalidade Pôster
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O Testamento Vital (TV) é um documento escrito, pelo qual uma pessoa em plena sanidade mental expressa sua vontade quanto aos tratamentos médicos numa situação futura em que possa estar acometido por doença terminal ou grave, impossibilitado de manifestar sua vontade (Ximenes, 2014). A adoção do TV não significa a recusa de tratamentos ordinários e paliativos, mas sim a suspensão de procedimentos extraordinários e fúteis ao paciente. Objetivos: Analisar o conhecimento sobre testamento vital entre os acadêmicos de saúde, identificar o perfil sociorreligioso e correlacionar as variáveis específicas do testamento vital conforme sua idade e perfil religioso. Metodologia: Estudo transversal realizado na Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), no qual aplicou-se um questionário com perguntas fechadas entre acadêmicos de enfermagem, odontologia e medicina. Os dados coletados, após tabulação foram analisados por meio do teste Qui-quadrado de Pearson e o Teste t-Student, no qual foram considerados achados estatisticamente significativos aqueles com valor de p < 0,05. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da (UEA). Resultados: A amostra total de 438 acadêmicos, sendo 137 (31,6%) acadêmicos de Enfermagem, 197 (44,8%) de Medicina e 104 (23,6%) de Odontologia. A média de idade (± desvio padrão) foi de 23,42±10,03. Dentre as crenças religiosas dos participantes, o catolicismo destacou-se com 49,8%. Quanto à criação religiosa, 73% afirmaram que tiveram enquanto 23% negaram. A média de acerto dos acadêmicos no questionário foi de 49,1±18,3%. Em relação aos acertos das questões, foi observado um conhecimento regular sobre testamento vital entre os acadêmicos. Houve diferença estatisticamente significativa nos acertos das questões dos acadêmicos com criação religiosa (p=0,048) e daqueles com até 23 anos (p=0,007) quando questionados sobre a importância do registro da vontade do paciente, quando o mesmo exprime sua vontade. Conclusão: Os acadêmicos apresentaram regular conhecimento sobre o TV. Foi identificado que a maioria referiu uma criação religiosa, havendo maior assertividade quando referente ao registro da vontade do paciente no prontuário entre os acadêmicos que informaram criação religiosa e terem até 23 anos de idade. Estes dados sugerem a grande necessidade de discutir-se mais sobre o tema e divulgá-lo, para que assim haja maior esclarecimento por parte dos acadêmicos sobre o assunto.