Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título CONHECIMENTO SOBRE TESTAMENTO VITAL ENTRE OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: UM ESTUDO SECCIONAL
Autores
ESTER ALVES DE OLIVEIRA (Relator)
SIBILA LILIAN OSIS
SELMA BARBOZA PERDOMO
LOWISA CONSENTINI GARCIA
MARCELA CATUNDA DE SOUZA MICHILES
THALIA MENDONÇA CARDOSO
ANTÔNIO SÁVIO INÁCIO
Modalidade Pôster
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O Testamento Vital (TV) se constitui como uma das Diretivas Antecipadas de Vontade (DAV). Trata-se de um documento escrito pelo qual uma pessoa consciente, expressa sua vontade quanto aos tratamentos médicos que aceita/recusa (exceto recusa de cuidados paliativos), quando estiver impossibilitado de manifestar sua vontade. No Brasil não há norma jurídica que regulamente o TV, porém pode ser apoiado em outras leis, princípios e na resolução 1995/2012 publicada pelo Conselho Federal de Medicina. Objetivos: Analisar o conhecimento dos profissionais de saúde sobre testamento vital, identificar o perfil sociorreligioso e correlacionar o exercício profissional e o tempo de profissão com as respostas. Metodologia: Estudo do tipo transversal com instrumento de coleta de dados com perguntas fechadas referentes ao Testamento Vital. Foram selecionados enfermeiros e médicos que prestaram assistência direta ao paciente, entre julho de 2017 a julho de 2018 num hospital em Manaus (AM). Os dados foram tabulados e caracterizados no programa Excel, utilizando para análise o Teste Qui-quadrado de Pearson e o Teste t-Student, considerando achados estatisticamente significativos aqueles com valor de p < 0,05. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Amazonas. Resultados: Participaram 96 profissionais da saúde, sendo 41(42,7%) enfermeiros, e 55(57,3%) médicos, destes, 46(47,9%) eram mulheres e 49(51%) homens. A maioria referiu uma criação religiosa 64(66,7%) com predominância da religião católica 52(54,2%). Foi observado um conhecimento regular sobre TV entre os profissionais de saúde com a média geral de acertos (± desvio padrão) de 53,7±17,8%. Entre os enfermeiros a média de acertos foi de 57,1±16,5% e dos médicos 54,1±18,0% (p=0,422). Houve diferença estatisticamente significativa nos acertos das respostas dos enfermeiros em relação ao registro em prontuário ser considerado uma diretiva antecipada de vida/testamento vital e possuir suporte legal e ético (p=0,046). Conclusão: Esses dados sugerem a necessidade de esclarecimento para os profissionais bem como maior divulgação e discussão sobre o tema, visto que em outros estados do Brasil o tema já vem sendo discutido.