Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título PARASITOSES INTESTINAIS EM INDÍGENAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Autores
VICTOR NEI VASCONCELOS MONTEIRO (Relator)
MARCELINO ANTHONY GALVÃO DA CRUZ
BEATRIZ GRAÇA DE ARAÚJO
ESTER ALVES DE OLIVEIRA
LOWISA CONSENTINI GARCIA
PAULO PHILIP DE ABREU GONZAGA
SEDIEL ANDRADE AMBRÓSIO
ALTAIR SEABRA DE FARIAS
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: No Brasil, a população indígena está estimada em 818 mil, sendo que 758 mil vivem em 5.366 aldeias, falam 274 línguas distintas e ocupam 12,6% do território brasileiro. Mudanças ambientais, socioeconômicas e saúde têm alterado o modo de vida dessas populações no Brasil provocando transições epidemiológicas e nutricionais nas últimas. Nesse contexto, estudos mostram elevada incidência de parasitoses nessas populações, devido às barreiras de acesso à saúde, más condições sociosanitárias e ambientais. Objetivo: Identificar na produção científica nacional evidências disponíveis sobre os parasitos/parasitoses intestinais de importância clínica e epidemiológica que mais acometem a população indígena brasileira. Metodologia: Revisão integrativa da literatura, método que proporciona a síntese de conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos na prática. Na recuperação da produção científica utilizou-se os descritores: população indígena; doenças parasitárias; índios sul-americanos, nas bases de dados LILACS e Medline, incluindo publicações em português, inglês ou espanhol dos últimos 10 anos. O fluxograma Prisma foi utilizado na estratégia de busca. Resultados: Foram incluídos 12 artigos científicos, sendo 9 da Medline e 3 da LILACS. Destes, 4 artigos científicos foram publicados na língua inglesa e portuguesa, 4 em português, 3 em inglês e 1 em espanhol, publicados em diversos periódicos do Brasil, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Colômbia. Os estudos ocorreram em Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Pará e Rio Grande do Sul. Houve predomínio dos estudos transversais com 83,0%, envolvendo diversas etnias. Identificou-se 20 espécies de parasitas, com destaque para Entamoeba histolytica/díspar e Giardia lamblia em 100% dos estudos, ancilostomídeos em 92,0%, seguidos de Endolimax nana (83,0%), Entamoeba coli e Hymenolepis nana (75,0%). Conclusão: O estudo mostrou que as parasitoses intestinais são de grande importância clínica e epidemiológica para a melhoria da saúde e qualidade de vida das populações indígenas brasileiras, considerando a diversidade étnica e o modo de vida dos indígenas em distintos contextos. Embora exista uma política de saúde voltada para os povos indígenas, esta parece ser insuficiente para atender às necessidades diferenciadas dessa parcela da população.