Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título ATUAIS PRÁTICAS DE SAÚDE A PACIENTES PSIQUIÁTRICO: UMA ANÁLISE SOBRE AS DIRETRIZES DA REFORMA PSIQUIÁTRICA
Autores
JONATA BRUNO DA SILVA SANTOS (Relator)
HENRY JOHNSON PASSOS DE OLIVEIRA
DANIELLE MORAIS DE SOUZA CARVALHO
LIVIA ALIPIO DOS SANTOS SIQUEIRA
ALINE CANDIDO DA SILVA ARAUJO
VICTOR MANOEL PEREIRA DA SILVA
INGRID ELLEN PEREIRA BASTOS
FELICIALLE PEREIRA DA SILVA
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: A história da reforma psiquiátrica brasileira é um processo em construção, compreendida como a desconstrução de saberes, discursos e práticas psiquiátricas, relativos aos manicômios. A partir da década de 1970, essa temática passou a ser amplamente questionada e discutida. O modelo adotado no hospital psiquiátrico era marcado por sua assistência hospitalocêntrica. Assistência essa caracterizada por ser mais alienadora do que produtora de ressocialização e reabilitação. Essa situação se modifica a partir da década de oitenta com o início da luta antimanicomial no Brasil. Em 6 de abril de 2001, foi sancionada a Lei Federal nº 10.216, que instituiu a reforma psiquiátrica e a substituição dos modelos institucionalizados no tratamento do paciente em sofrimento psíquico. O presente trabalho tende a explorar a reflexão sobre as atuais práticas de saúde a pacientes psiquiátricos correlacionando com as mudanças propostas pela reforma psiquiátrica evidenciando uma perduração de técnicas incompatíveis com o modelo proposto. OBJETIVO: Analisar a atual conjuntura do tratamento aos doentes mentais em paralelo a reforma psiquiátrica. METODOLOGIA: Trate-se de uma revisão integrativa da literatura com buscas nas bases informatizadas LILACS, BDENF e MEDLINE, com a seguinte estratégia de busca: Reforma Psiquiátrica; Doente Mental; Tratamento; Humanização. Após realização do corte temporal de 2014 à 2018, e analise dos resumos a fim de aplicar os critérios de inclusão e exclusão, 7 artigos na integra e suas informações foram compactadas. RESULTADOS: Evidencia-se uma contraposição das praticas fomentadas pela lei que regulamenta a atenção ao paciente com doença mental em relação às praticas executadas na rotina dos profissionais. A falta de capacitação das equipes é evidenciada em toda a rede de atenção, o que se contrapõe ao decreto 7508/2011 em que toda a rede de atenção à saúde deve servir como porta de entrada a todos os tipos de emergências, inclusive as psiquiátricas. A quantidade de diagnósticos equivocados por falta de escuta humanizada e qualificada aponta que o mecanicismo utilizado no passado ainda perdura na prática dos serviços. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Estudos que analisem a formação e qualificação dos profissionais são essenciais e devem ser priorizados no âmbito de atenção à saúde, pois é necessária a reflexão de suas práticas dentro de um contexto de atenção que valorize o indivíduo em toda sua integralidade.