Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO EM TRATAMENTO POR IST EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
Autores
FABIANA RIBEIRO DE PAIVA (Relator)
MARIA JULIA ALVES
LUCIANA APARECIDA SILVA COSTA
ANA PAULA FRENEDA DE FREITAS
FABIANA AMADEU DE OLIVEIRA CAMPESATO
SUZIMAR BENATO FUSCO
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Relato de experiência

Resumo
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias, fungos e protozoários, sendo transmitidas, predominantemente, por contato sexual e eventualmente por via sanguínea ou ainda, de maneira vertical, de mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação. Em 2013, estimativas apontaram que mais de um milhão de pessoas contraíram uma IST diariamente no mundo. Estima-se que 500 milhões de pessoas contraem IST curáveis e que 290 milhões de mulheres estejam infectadas pelo HPV.(1) O objetivo deste trabalho foi caracterizar os pacientes que retiraram medicações para tratamento de IST em uma Unidade Básica de Saúde do interior paulista. Os dados utilizados foram coletados do registro de controle de dispensação de medicamentos para IST da farmácia da Unidade entre outubro de 2017 e agosto de 2018. Um mesmo paciente pode ter retirado medicações mais de uma vez em caso de reinfecção ou falha no tratamento, sendo, portanto, registrado mais de uma vez. Obtivemos como resultado 107 dispensações de medicamentos, com 66% para mulheres e destas, três eram gestantes; 6,5% estavam entre 16 e 19 anos de idade, 42% entre 20 e 29 anos, 31,7% entre 30 e 39 anos, 13% de 40 a 49 anos e 6,5% de 50 a 66 anos. As IST mais prevalentes foram síndrome do corrimento uretral e cervical e a medicação mais prescrita foi Azitromicina (48,5%) seguido pelo Ceftriaxona (15,8%) e Doxiciclina (11,2%). Para 60% dos pacientes foram prescritos dois medicamentos para o tratamento e apenas seis utilizaram três ou mais medicações simultaneamente. Podemos concluir que os adultos jovens são mais acometidos por IST, porém a quantidade de pacientes entre 50 e 66 anos foi significativa, o que nos remete a intensificar o aconselhamento quanto ao sexo seguro também nesta faixa etária. Para as gestantes, salientamos a importância de um acompanhamento sistemático no pré-natal, uma vez que algumas IST podem causar graves complicações durante a gestação e no desenvolvimento fetal e infantil. Sendo assim, cabe à Unidade de Saúde acompanhar seus indicadores e estabelecer estratégias de promoção e prevenção às IST, envolvendo toda equipe de saúde.