Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título FEBRE DO MAYARO: ARBOVIROSE EMERGENTE E SEU DESAFIO PARA A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
Autores
CLEIDE DANIELLE BRITZ ESCOBAR (Relator)
LHAYS EMILLY DA SILVA MORAES
MARIA CLARA PEREIRA LEITE
ANA CLAUDIA PEREIRA TERÇAS
NAYARA FERREIRA
KAROLINE LIRA LADEIA
Modalidade Pôster
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: O vírus Mayaro (MAYV) pertence à família Togaviridae do gênero Alphavirus, e é responsável por causar uma doença pouco conhecida, chamada Febre do Mayaro. Esta é considerada uma arbovirose, ou seja, causada por um vírus que é transmitido por artrópode, o mosquito da espécie Haemagogus janthinomys. OBJETIVO: Identificar os principais desafios para a Saúde Pública no Brasil diante dessa arbovirose. METODOLOGIA: O estudo é do tipo revisão bibliográfica, realizada em junho de 2018. A busca foi realizada nas bases de dados Scielo e LILACS, utilizando os booleanos “and” e “or”. Selecionou-se artigos científicos publicados entre novembro de 2014 a março de 2016, no idioma português (Brasil), disponíveis eletronicamente e na íntegra. Foram excluídos monografias, teses, dissertações e artigos que não se referiam a temática do estudo, após leitura do título e resumo. RESULTADOS: A amostra final foi composta por dois artigos. Segundo a literatura, a Febre do Mayaro é uma doença febril aguda, e um dos desafios dessa doença são os aspectos que contribuem para a sua emergência e disseminação, que são as modificações ambientais por ações antrópicas e pelo crescimento urbano desordenado, além das mudanças climáticas, uma vez que, o MAYV é endêmico em áreas tropicais, onde é mantido em ciclo silvestre, podendo ter a capacidade de se adaptar a novos ambientes e hospedeiros. Outro desafio relevante para a Saúde Pública é a dificuldade do diagnóstico da Febre do Mayaro, visto que, a sintomatologia desta é semelhante ao da Chikungunya (CHIKV) e da Dengue, que são febre, dor no corpo, lesões vermelhas na pele, dores abdominais e nas articulações. O método de diagnóstico laboratorial consiste na detecção de anticorpos da classe IgM no individuo infectado, no entanto, o MAYV que é da mesma família do CHIKV, estão relacionados geneticamente e antigenicamente, favorecendo assim um diagnóstico equivocado. Deste modo, propicia-se um impacto econômico, em razão de após a recuperação da fase aguda da doença, alguns sintomas, como a forte artralgia durarem por meses, interferindo nas atividades ocupacionais do indivíduo. CONCLUSÃO: A emergência de novos casos por todo o Brasil desafia pesquisadores e profissionais de saúde para a necessidade de uma investigação ativa e contínua a respeito dos sintomas, sorologias específicas e tratamento, a fim de direcionar métodos de controle e prevenção eficazes.