Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO PARA A PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS NA ATENÇÃO BÁSICA: NA ÓTICA DOS DOCENTES E DISCENTES
Autores
JAIRO PORTO ALVES (Relator)
CAMILA GRANGEIRO DE LIMA
RAYONE BASTOS ROSA
MARIA VALÉRIA BESERRA COSME
ARDIGLEUSA ALVES COELHO
ÍTALO VINÍCIUS ALBUQUERQUE DINIZ
WEZILA GONÇALVES DO NASCIMENTO
CLÁUDIA SANTOS MARTINIANO
Modalidade Pôster
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A prescrição de medicamentos por enfermeiros (PME) é considerada uma Prática Avançada em Saúde em nível internacional, no Brasil é restrita à Atenção Primária à Saúde, ocorrendo particularmente na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Vários são os motivos que impulsionam a PME como: melhor qualidade no atendimento, melhora das relações de trabalho entre profissionais de equipe de saúde, contenção de custo, valorização do profissional e acompanhamento e orientações a usuários com patologias crônicas. Objetivos: Avaliar a percepção do corpo docente e discente em relação ao desenvolvimento da competência para a PME na graduação. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso com abordagem qualitativa exploratório, realizado no Município de Campina Grande - PB, junto às instituições de ensino superior que ofertam o curso de Graduação em Enfermagem. Os participantes da pesquisa foram os docentes que ministram os componentes curriculares relacionados com a temática da PME e discentes que estavam cursando os dois últimos períodos do curso de Graduação em Enfermagem em instituições públicas e privadas. A coleta de dados ocorreu por meio da realização de entrevista semiestruturada aos docentes e discentes. Na análise dos dados, foi utilizado técnica da Análise de Conteúdo proposta por Bardin. Resultados: Os docentes afirmaram que não abordam os protocolos ministeriais e nem a prescrição de medicamentos por enfermeiros em seus componentes curriculares; muitos deles não se sentem capacitados a falar sobre a temática justiçando que essa fragilidade advém do seu processo de formação e de sua falta de experiência. No que diz respeito aos discentes, a maioria não conhece a legislação ou normatização sobre a prescrição, e ainda informam que a temática não foi debatida em sala de aula e não se sentem capacitados a exercer a atribuição. Conclusão: As Instituições de Ensino Superior, por meio dos docentes, não estimulam e por vezes, não defendem a prescrição de medicamentos como atribuição da profissão do enfermeiro. Sugere-se que as mesmas, possam se adequar à esta demanda com vistas a atender à formação compatível com a necessidade do Sistema Único de Saúde, como apontado nas Diretrizes Curriculares Nacionais.