Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título OS PARADIGMAS CULTURAIS E SEUS IMPACTOS NA SAÚDE DO HOMEM
Autores
LUIZA VENTURINI HELAEHIL (Relator)
BRUNA TAYNÁ ORTIZ MOREIRA
CLARICE SANTANA MILAGRES
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
O comprometimento com a saúde do homem que vem da baixa adesão aos serviços de saúde pública tem influencias de determinantes socioculturais e barreiras institucionais. Eles são vistos como invulneráveis, levando ao cuidado reduzido e exposição a situações de riscos. Seu atendimento na atenção primária não costuma suprir suas necessidades e demandas de saúde, além de possuírem relacionamentos sempre comprometidos devido uma socialização segmentada por gênero, onde mesmo eles identificando o serviço de saúde como positivo e benéfico para o seu bem-estar, acaba surgindo impactos e lacunas no seu atendimento. O homem acaba se encontrando em situações de saúde desfavorável, devido seus comportamentos e modo de viver. Não são envolvidos na questão saúde e doença e se veem como responsáveis pelo cuidado da sua própria saúde, o que reforça a associação de masculinidade e independência, além de possuírem necessidade em ser vistos com singularidade nas relações de gêneros, sendo eles estimulados a manifestar sua virilidade, rejeitando comportamentos tidos como femininos. Objetivo: discutir a articulação entre os aspectos culturais e os fatores de risco relacionados à maior morbimortalidade e ações voltadas para a assistência da saúde do homem. Metologia: Trata-se de uma revisão de literatura que utilizou publicações inseridas nas bases de dados eletrônicos científicos Pubmed Medline, Scielo, Biblioteca Virtual da Saúde (Bireme/LILACS) e Science Direct; livros e revistas, realizando buscas entre os anos de 2007 e 2017. Resultados: Identificou-se onze artigos, sendo oito os artigos selecionados. Dentre os oito artigos, constatou-se que há maior prevalência de fatores como feminização da saúde, fatores culturais e temor relacionado ao trabalho que interferem diretamente no processo saúde-doença do homem. Conclusão: A relação entre os aspectos culturais e os fatores de risco relacionados à maior morbimortalidade é diversificada e pouco se faz em relação às ações voltadas para a saúde do homem. Entretanto, observa-se que atualmente há um processo de mudança cultural relacionado ao próprio homem e sua preocupação com a saúde. O grande desafio dos profissionais é conseguir a atenção dos homens antes que estes já estejam doentes, através de ações preventivas e de promoção à saúde, sendo necessário também mudanças na cultura masculina, a fim de se compreender que tanto os homens quanto as mulheres, são igualmente vulneráveis e propensos a doenças.