Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título EXPERIÊNCIA DE PESQUISADORES COM PORTADORES DE DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS RARAS NA AMAZÔNIA OCIDENTAL
Autores
THAMYRIS LUCIMAR PASTORINI GONÇALVES (Relator)
THAMYRIS LUCIMAR PASTORINI GONÇALVES
VIVIAN RODRIGUES TADEUS
JAMAIRA DO NASCIMENTO XAVIER
JOSÉ JULIANO CEDARO
ANDONAI KRAUZE DE FRANÇA
VIVIAN SUSI DE ASSIS CANIZARES
Modalidade Pôster
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Relato de experiência

Resumo
INTRODUÇÃO: As Doenças Neurodegenerativas Genéticas Raras (DNRs) geram um grande impacto social nas famílias acometidas por elas e nos serviços de saúde, devido à possibilidade de transmissão às gerações seguintes. Entre elas, podemos destacar a Doença de Huntington (HD) e as Ataxias Espinocerebelares (SCAs), ambas são autossômicas dominantes apresentando degeneração progressiva, sem possibilidade de cura ou controle da doença. O Estado de Rondônia, onde se localiza o Laboratório de Genética Humana – LGH, da Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR, caracteriza-se por constantes movimentos migratórios, onde pessoas advindas de diversas regiões brasileiras vêm em busca de condições melhores de vida. Sua população é resultado de uma miscigenação de raças e etnias, fazendo com que doenças geralmente detectadas em regiões específicas, possam ali ser encontradas. Com o intuito de aprofundar os aspectos etiopatogênicos e clínicos das DNRs, o LGH iniciou em 2014 pesquisas com este enfoque. Atualmente acompanha 15 famílias portadoras e desenvolve trabalhos de pesquisa e extensão por meio de uma equipe multidisciplinar. OBJETIVO: Relatar as atividades desenvolvidas pelo LGH. METODOLOGIA: Trata-se de relato de experiência. RESULTADOS: Pessoas com suspeita clínica de alguma DNR são convidadas a participar da pesquisa. Em seguida, pesquisadores das áreas de psicologia e enfermagem realizam a primeira visita, abordando o trabalho a ser desenvolvido, juntamente com a apresentação do TCLE e coleta dos primeiros dados. Na sequência são realizadas visitas domiciliárias periódicas da equipe, para acompanhar a evolução do quadro clínico, coletar informações e material biológico, para realização do diagnóstico molecular. Considerando as dificuldades enfrentadas pelos pacientes/famílias para a assistência necessária, a equipe também desenvolve trabalhos de extensão com agentes comunitários de saúde das unidades básicas de saúde da cidade e encaminhamentos (fisioterapia, fonoaudiologia, odontologia, entre outros) ou mesmo realiza consultas, dentro da competência de cada profissional envolvido. CONCLUSÃO: Considerando o número expressivo de indivíduos com DNRs identificados no estado, acredita-se que as pesquisas em andamento possam subsidiar a implantação de um serviço especializado, conforme preconiza a Portaria 199/2014 do Ministério da Saúde.