Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título APLICAÇÃO DO GENOGRAMA E ECOMAPA À FAMÍLIA DA CRIANÇA/ADOLESCENTE EM HOME CARE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
ROBERTO CORREA LEITE (Relator)
ARETUZA CRUZ VIEIRA
MARIANA LUCAS DA ROCHA CUNHA
EDMARA BAZONI SOARES MAIA
FABIANE DE AMORIM ALMEIDA
Modalidade Pôster
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: O conhecimento estrutural da família e como esta se relaciona internamente e com o meio externo, pode ser explorado com a utilização do genograma e do ecomapa. O genograma é constituído por símbolos e códigos, nos quais os homens são identificados por quadrados e as mulheres por círculos, além de informações como nome, idade e ocupação, dados sobre estado de saúde e indivíduos falecidos. O ecomapa, por sua vez, identifica as relações que a família estabelece com o meio externo, representadas pelos recursos da comunidade. As conexões que ocorrem entre os relacionamentos são representadas por linhas. As linhas contínuas representam conexões fortes ou significativas; as pontilhadas, ligações frágeis; linhas com barras na vertical ou zigue-zague representam aspectos estressantes nas relações e as linhas com setas indicam fluxo e troca de energia. Objetivo: Descrever a utilização do genograma e ecomapa no atendimento à família da criança/adolescente em Home Care. Metodologia: Foram realizadas 14 consultas de enfermagem com nove famílias de crianças/adolescentes em internação domiciliar entre dois e 16 anos de idade, atendidos por uma empresa privada de Home Care, em Campinas (SP). Construiu-se o genograma e ecomapa de três gerações das famílias participantes, destacando como pessoa índice o cuidador familiar primário. A ferramenta “Álbum de Família”® foi utilizada para construção e apresentação dos genogramas e ecomapas. Resultados: O genograma e ecomapa permitiram compreender que, em Home Care, a família redefine seu conceito, papéis e limites, diante da necessidade de ajuda de outros membros, como os avós e amigos para cuidar da criança. Ultrapassa os seus limites de família nuclear para se tornar uma família extensa, não deixando, contudo, de manter as funções de proteção, nutrição e socialização de seus membros. Além disso, o uso do genograma e ecomapa propiciou uma atenção humanizada, a partir do momento que considera o indivíduo inserido no contexto familiar e as relações firmadas com o meio social onde vive, mas, sobretudo porque considera a família a partir da própria perspectiva dela. Conclusão: O genograma e ecomapa facilitaram os processos de comunicação entre profissionais e família e favoreceram o vínculo entre eles. O uso destas ferramentas possibilitou melhor compreensão da dinâmica familiar, revelando os recursos disponíveis para apoio ao doente crônico, além de estimularem “o pensar família”.