Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE TUBERCULOSE NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, NO PERÍODO DE 2008-2017
Autores
ELIANE ALCANTARA FARIA DE MELO (Relator)
GEISIANE APARECIDA DA SILVA SANTOS
RAQUEL DA SILVA VIEIRA
MICHELE LOPES DINIZ
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A tuberculose (TB) é a principal causa de morte por doenças infecciosas, no mundo estima-se, que no ano de 2016, 1,7 milhão de pessoas morreram, em decorrência da doença. Atualmente, o Brasil ocupa a 20ª posição no que se refere à carga da doença e a 19ª quanto ao número de coinfectados TB/HIV. Os países que compõem essas listas representam 87% do número de casos de TB no mundo. O Brasil notificou, no ano de 2016, um total de 82.676 casos de TB, desse total, 75.444 eram casos novos. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico, dos casos de tuberculose no estado de Mato Grosso do Sul, notificados no período de 2008 a 2017. Método: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório de dados secundários, coletados na base de dados do Ministério da Saúde – Datasus. Resultados: No período investigado foram notificados 10.415 casos de TB, no estado, desses 8.691 eram casos novos o que representa uma incidência de 32 casos/10.000 habitantes. A maioria dos casos de TB notificados ocorreram em indivíduos do sexo masculino (73,9%); pardos (39%); 40,4% tinham menos que oito anos de estudo, entretanto 32,2% das notificações não informavam a escolaridade; 85,8% dos casos eram na forma pulmonar, sendo que desse universo 55,3% eram bacilíferos. Para 53,7% dos casos foi ofertado o Tratamento Diretamente Observado. Em relação a comorbidades 10,5% eram HIV positivo, entretanto em 23,6% dos casos não foi investigada a situação sorológica; 4,5% eram diabéticos; 16% etilistas; 6% tabagistas; 1,7% tinham transtorno mental; 10,8% dos casos ocorreram em indivíduos institucionalizados. 59,6% dos casos foram encerrados por cura e 10,1% abandonaram o tratamento. Conclusão: O estudo demonstra que o estado de Mato Grosso do Sul, precisa investir em políticas públicas que ofereçam condições de melhoria no controle da TB, incentivando a identificação de sintomáticos respiratórios, investigação da situação sorológica para HIV, capacitação dos trabalhadores de saúde par preenchimento da ficha de investigação. Assim o estado contribuirá para eliminação da doença como problema de saúde pública.