Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título PERCEPÇÕES DE PUÉRPERAS SOBRE OS FATORES QUE INFLUENCIAM NA ESCOLHA DA VIA DE PARTO
Autores
PATRICIA SANTANA DA SILVA BARROS (Relator)
DANIELA DO CARMO OLIVEIRA MENDES
DENIZE JUSSARA RUPOLO DALLAGNOL
Modalidade Pôster
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Monografia

Resumo
INTRODUÇÃO: A escolha da via de parto pode depender de fatores orgânicos, culturais, sociais, econômicos, entre outros (WEIDLE et al., 2015). Nesse contexto, é de extrema importância o reconhecimento da mulher como protagonista do processo parturitivo, sendo os profissionais de saúde responsáveis pela orientação adequada e condução de uma assistência de acordo com as evidências de boas práticas (HADDAD; CECATTI, 2011). OBJETIVO: Analisar as percepções de puérperas sobre os fatores que influenciam na escolha da via de parto. METODOLOGIA: Pesquisa descritiva exploratória, qualitativa, realizada com 13 puérperas munícipes de Tangará da Serra/Mato Grosso. A coleta de dados ocorreu entre fevereiro e maio de 2017, por meio da técnica de entrevista aberta. Utilizou-se a análise de conteúdo temática para a análise dos dados. Trata-se de um subprojeto de uma pesquisa matricial denominada “O cuidado de enfermagem à saúde da mulher no contexto regional”, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado de Mato Grosso sob o parecer 1.400.656/2016. RESUTADOS: As puérperas apresentaram faixa etária entre 20 e 34 anos. A maioria era casada (53,8%), possuía renda familiar de um salário mínimo (53,8%), ensino médio incompleto e completo (ambos 38,4%), se autodeclararam pardas (69,2%), do lar (76,9%) e evangélicas (46,1%). Emergiram as categorias temáticas: 1) Escolha da via de parto por orientação médica associada às relações uterofetais e a condições clínicas ou obstétricas; 2) Fatores relacionados aos malefícios e aos benefícios de cada via de parto. Destacou-se a unilateralidade na tomada da decisão por parte dos profissionais médicos na escolha da via de parto, a ausência de informações e de autonomia da mulher enquanto parturiente, o que interferiu no poder de decisão e contribuiu para que aceitassem a decisão médica. As entrevistadas optaram predominantemente pela via de parto vaginal. A rápida recuperação, o alívio imediato da dor após o parto e a volta as atividades de rotina fizeram com que as mulheres optassem pela via de parto vaginal. Nem o desejo da laqueadura e o medo da dor, fizeram com que preferissem a via de parto cesáreo. CONCLUSÃO: Os achados contribuem para o incentivo da melhoria da prática durante o ciclo gravídico puerperal. Ressalta-se a importância do papel do enfermeiro no empoderamento de mulheres e na transmissão de informações assertivas referentes a cada tipo de parto, favorecendo a tomada de decisão quanto à via de parto.