Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título SITUAÇÃO DE ACESSIBILIDADE DE MULHERES COM DEFICIÊNCIA NAS UNIDADES PRISIONAIS BRASILEIRAS
Autores
CECÍLIA DANIELLE BEZERRA OLIVEIRA (Relator)
GRAZIELE PAIVA DANTAS
JÉSSIKA LOPES FIGUEIREDO PEREIRA BATISTA
MÁGNA LEITE DA SILVA
NATHANA INÁCIO FERREIRA
YASMIN YANNAH BEZERRA AZEVÊDO
MILLENA ZAÍRA CARTAXO DA SILVA
INÁCIA SATIRO XAVIER DE FRANÇA
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O sistema prisional brasileiro sob a ótica preservação de direitos, ressocialização e inclusão leva a sociedade a refletir sobre as condições que a população carcerária vive, principalmente quando se trata de um público minoritário e com características singulares, como o de mulheres com deficiência. Portanto, dadas às necessidades específicas destas pessoas, devido suas condições e limitações, as unidades prisionais necessitam se adequar, pois é dever do Estado tratar de forma mais humana aqueles que estão sob sua custódia e atende-los de acordo com suas diferenças e necessidades. Objetivo: Investigar a situação de acessibilidade de mulheres com deficiência nas unidades prisionais brasileiras. Método: Trata-se de um estudo ecológico, descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvido através do INFOPEN Mulheres 2017. Resultados: Atualmente existem 41.057 mulheres encarceradas no Brasil, das quais 220 (0,5%) apresentam algum tipo de deficiência, sendo mais prevalente mulheres com deficiência intelectual e física. Ressalta-se que a maioria dessas mulheres 165 (75%) cumprem pena em presídios da região sudeste, seguido das regiões nordeste com 33 (15%), centro-oeste com 11 (5%), norte 6 com (2,7%) e sul com 4 (1,8%). Destaca-se também que de acordo com a Norma Brasileira n° 9.050, de 2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas que trata da Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, apenas 17% das detentas com deficiência se encontram em unidades prisionais adaptadas para sua realidade, outras 23% encontram-se em unidades parcialmente adaptadas e a maioria 60% estão sob a guarda do Estado em unidades não adaptadas. Considerações Finais: Observou-se que a maioria das mulheres com deficiência se encontra encarceradas em unidade prisionais não adaptadas para atender as suas necessidades. Tal situação as coloca em desvantagem em relação as demais detentas e isso contribui como um fator complicador para a saúde, bem-estar e participação social, pois amplia o pensamento sobre a iniquidade do sistema penitenciário do Brasil, sendo um indicador da implicante da condição de recuperação de conduta desviante.