Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título TENDÊNCIA DE MORBIDADE HOSPITALAR POR CANCER COLORRETAL NA BAHIA
Autores
NATÁDINA ALVES SOUZA CAMPOS (Relator)
RAMONA GARCIA SOUZA DOMINGUEZ
CARINE DOS SANTOS SOUZA
UILMA SANTOS DE SOUZA
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O câncer é um problema de saúde pública mundial, pois atinge grande parcela da população e causa danos muitas vezes irreparáveis. Sobre o câncer colorretal (CCR), é o terceiro mais frequente no mundo e, no Brasil, ocupa o 3o lugar entre os homens e o segundo entre as mulheres (BRASIL, 2018). Objetivo: Identificar o padrão de morbidade hospitalar por CCR segundo caráter do atendimento (eletivo/emergência), valor total gasto, sexo, grupo etário, tempo de internação e desfecho (alta/óbito) no Estado da Bahia, entre 2013 e 2017. Metodologia: Trata-se de pesquisa descritiva com dados das internações ocorridas na Bahia, com diagnóstico principal de CCR, entre 2013 a 2017, obtidos do Sistema de Informações Hospitalares (SIH). Resultados: A análise dos dados demonstrou uma tendência de crescimento nas taxas de morbidade hospitalar por CCR no estado da Bahia entre 2013 e 2017. No período estudado, foram registradas 10.674 internações, no valor total de mais de 42 milhões de reais, sendo 60,4% dos atendimentos em caráter de urgência. Quanto ao perfil demográfico dos pacientes, 55% das hospitalizações ocorreram entre mulheres e 72,7% no grupo etário de 50 anos ou mais. A média de tempo de permanência foi de 6,4 dias e quanto ao desfecho, quase 10% dessas internações tiveram alta por óbito, no período. Discussão: O caráter de atendimento da maioria das hospitalizações foi de emergência, o que chama a atenção para a gravidade das complicações relacionadas ao CCR, assim como o diagnóstico tardio da doença. Os dados mostram ainda que o CCR atinge mais mulheres e indivíduos com 50 anos ou mais, reafirmando a necessidade de discutir políticas públicas de prevenção da doença. Ademais, a observação de uma tendência de aumento nas internações e nos gastos hospitalares tem sido acompanhado pelo aumento da mortalidade. Os altos custos para tratar o CCR nos serviços de alta complexidade poderiam ser evitados ou reduzidos através da sensibilização da população em risco para as mudanças de hábitos de vida e o diagnóstico precoce da doença. Conclusões: Essa pesquisa contribuiu para ampliar o conhecimento sobre o padrão de morbidade hospitalar por CCR na Bahia, reforçando a discussão sobre as ações de prevenção primária e secundária, principalmente no âmbito da Atenção Primária à Saúde. Desse modo, reitera-se a importância da atuação dos profissionais de saúde nesse nível de atenção para a orientação, rastreamento e identificação da sintomatologia sugestiva de CCR.