Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título DESAFIOS DE ACESSO À SERVIÇOS DE SAÚDE ENFRENTADOS POR MULHERES RIBEIRINHAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
JESSICA NATASHA BRANDÃO SILVA BEZERRA (Relator)
LETÍCIA SANTOS DO MONTE
TAINA ORARA AMARAL DO CARMO
LUCYELLE GLEYCE FERREIRA PÁDUA
CAMILA RODRIGUES BARBOSA NEMER
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: Um dos desafios dos sistemas de saúde ainda é alcançar as populações mais distantes e vulneráveis, dentre elas, as mulheres ribeirinhas. Ainda assim, muitas dessas mulheres sentem dificuldade na hora de marcar uma consulta na unidade básica de saúde. Objetivo: Relatar as dificuldades enfrentadas por mulheres ribeirinhas na busca por acesso à serviços de saúde em uma unidade básica de saúde e identificar uma forma individualizada de melhorar a atenção a saúde à essa população. Metodologia:Estudo caracterizado como relato de experiência, vivenciada durante práticas de disciplinas na graduação, em que foi utilizada a observação participante durante a realização de consultas com mulheres ribeirinhas, em uma unidade básica de saúde, localizada às margens do Rio Amazonas na cidade de Macapá - Amapá, onde buscou-se identificar os fatores que podem contribuir para procura tardia ao serviço de saúde, descontinuidade entre consultas, exames, acompanhamentos e retorno. Resultados: Foi observado que essas mulheres enfrentam inúmeras dificuldades para chegar até a unidade básica, pois as populações ribeirinhas encontram-se localizadas em regiões de florestas à margem dos rios, distante de unidades que forneçam suporte à saúde, e para vencer essa distância precisam transportar-se através dos rios em pequenas embarcações, que as oferecem risco de vida. Muitas das vezes, estas mulheres não tem com que deixar seus filhos, e acabam levando todos para sua consulta e enfrentando essa viagem difícil. Além do tortuoso trajeto, essas mulheres dependem da coincidência entre a maré cheia e data da consulta para que recebam atendimento e ao chegarem nem sempre conseguem ser atendidas adequadamente. O horário de atendimento dessa unidade básica não corresponde às necessidades dessa população. Conclusão: Por tudo isso é imprescindível que a unidade básica de saúde forneça melhor apoio e maior flexibilidade de atendimento, considerando as dificuldades enfrentadas por elas para ter acesso à saúde, bem como buscar formas de viabilizar o acesso dessas mulheres como o fornecimento de embarcações ou visitas periódicas nessas comunidades por agentes de saúde, a fim de promover saúde as mulheres que não possuem condições de enfrentar esta difícil viagem.