Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título PERCEPÇÕES DA POPULAÇÃO LGBT SOBRE A ASSISTÊNCIA À SAÚDE: UMA REVISÃO NARRATIVA
Autores
GUIOMARA DA SILVA DIAS (Relator)
GUIOMARA DA SILVA DIAS
FLAVIA RENATA DA SILVA ZUQUE
SUELI SANTIAGO BALDAN
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O acesso universal e a equidade são princípios que direcionam a organização e o planejamento dos serviços de assistência à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, observa-se a existência de políticas públicas específicas para determinados grupos, dentre eles o de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT). A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais tem o objetivo de promover a assistência integral deste grupo respeitando as especificidades de gênero, orientação e práticas sexuais; assim como, o de reduzir as desigualdades no atendimento e eliminar a discriminação e o preconceito dos profissionais nas instituições de saúde. Objetivo: O estudo tem como objetivo analisar a assistência à saúde disponibilizada à população LGBT nos serviços públicos de saúde. Método: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada na base de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), utilizando as palavras-chave: assistência à saúde, população LGBT e serviço público de saúde. Essa categoria de estudos, permite a atualização de conhecimento sobre um determinado tema específica em curto espaço de tempo. Resultados: Tem sido observada a insatisfação da população LGBT com a assistência à saúde recebida nos segmentos do serviço público que disponibilizam atendimento para a população geral, principalmente nas Unidades de Saúde. O principal motivo de insatisfação do atendimento está relacionado ao preconceito e discriminação que os profissionais exercem com esta clientela; e em algumas situações, torna-se evidente a existência de homofobia no atendimento. Esta situação tem desencadeado resistência na procura aos serviços disponibilizados nas Unidades de Saúde e consequentemente fortalecendo a busca por serviços privados ou a prática da automedicação. Ao buscar a assistência à saúde, muitas vezes este grupo não encontra apoio dos profissionais para expressar suas necessidades; sendo comum o pré-julgamento dos profissionais e a frequente associação da identidade de gênero e/ou orientação sexual às questões relacionadas ao IST/HIV/Aids. Conclusão: Embora exista uma política específica para a atenção integral desta população é notório a necessidade de mudança no processo de trabalho para garantir a qualidade da assistência oferecida, sendo primordial o preparo dos profissionais de saúde para realizar o acolhimento necessário de acordo com as necessidades específicas deste grupo.