Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título INTERVENÇÃO EDUCATIVA PARA PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO: UMA ABORDAGEM SOBRE O AUTOCUIDADO
Autores
VITOR KAUÊ DE MELO ALVES (Relator)
JEFFERSON ABRAÃO CAETANO LIRA
AMANDA KAROLINY MENESES RESENDE
SANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRA
LÍDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: O pé diabético é uma consequência do Diabetes Mellitus caracterizado pela presença de infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profundos, sendo associado à anormalidade neurológica e à doença vascular periférica. OBJETIVO: Avaliar uma intervenção educativa para prevenção do pé diabético com enfoque no autocuidado. METODOLOGIA: Pesquisa ação, utilizando o ciclo PDCA de Deming, realizada em uma Estratégia Saúde da Família em Teresina, com 20 pacientes diagnosticados com diabetes e inscritos no Programa Hiperdia. Foram incluídos pacientes maiores de 18 anos com diagnóstico de Diabetes Mellitus há mais de 10 anos e excluídos aqueles que não participaram de todas as etapas da pesquisa. Este estudo foi estruturado em quatro etapas (planejamento, execução, verificação e ação). No planejamento, foram realizadas a entrevista com formulário semiestruturado, abordando ao aspectos sociodemográficos, clínicos e o autocuidado, e o exame físico, para estratificação do risco de pé diabético. Na execução, foi desenvolvida uma oficina educativa sobre o autocuidado com os pés. Na verificação, foram observados o déficit de conhecimento dos pacientes e o efeito da intervenção educativa. Na ação, as dúvidas dos pacientes foram esclarecidas e o diagnóstico situacional foi apresentado à equipe. Esta pesquisa foi desenvolvida no mês de agosto de 2017, sendo aprovada pelo CEP da UESPI com o parecer n° 1.795.121. RESULTADOS: 60% dos pacientes apresentaram idade superior a 60 anos e 80% tinham ensino fundamental. 90% possuíam diabetes há mais de 15 anos e 85% relataram que nunca haviam feito a estratificação do risco de pé diabético. Em relação aos fatores de risco, 60% eram sedentários e 10% tabagistas. 20% destacaram que não foram orientados quanto ao uso de sapatos apropriados, higienização dos pés e corte das unhas. Em relação ao exame físico, 5% apresentaram pulso tibial diminuído, 10% possuíam calosidade, 20% tinham micose interdigital e 5% ulceração em membro inferior. Na estratificação do risco, prevaleceu o grau 0, com 60%, seguido do grau 1, em 25% dos pacientes. Ademais, 10% apresentaram sensibilidade tátil alterada. CONCLUSÃO: Embora a maioria tenha apresentado baixo risco para o pé diabético, alguns possuíam fatores de risco e déficit de autocuidado. Identificou-se que a intervenção educativa possibilitou aos participantes maior conhecimento sobre o autocuidado com os pés, enfatizando a importância dessa estratégia para prevenção do pé diabético.