Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título FATORES ASSOCIADOS À ADESÃO AO EXAME PAPANICOLAU: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
Autores
CLEISE MARIA DE GOES MARTINS (Relator)
ALEXANDRE OLIVEIRA
KARINY TABOSA QUEIROZ
KELIANE BELTRÃO CARVALHO
MARIA DO LIVRAMENTO COELHO PRATA
MILAINE NUNES GOMES VASCONCELOS
Modalidade Pôster
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: O câncer de colo uterino (CCU) é um agravo à saúde da mulher. O exame citopatológico é de fundamental importância para detecção e tratamento precoce, proporcionando possibilidades de cura e melhor qualidade de vida das mulheres, devendo ser realizado preferencialmente por mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram relações sexuais. Segundo a OMS, a possibilidade de redução de incidências de CCU em média de 60 a 90% está relacionada com a cobertura da população alvo em 80%, diagnósticos e tratamentos adequados. Neste sentido, é relevante discutir, implantar e implementar estratégia para captação das mulheres, promovendo discussões acerca da finalidade, importância e benefícios na realização do exame. Objetivos: Descrever experiências dos graduandos de enfermagem durante estágio curricular na prática do exame ginecológico em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), destacar os fatores que interferem na adesão das mulheres ao exame de Papanicolau e ressaltar o papel do enfermeiro nas atividades educativas de prevenção de agravos e promoção de saúde. Método: Trata-se de um relato de experiência, realizado no período de 13 de maio a 04 de abril de 2018 em uma UBS na cidade de Manaus. A assistência de enfermagem se deu a partir do acolhimento, proporcionando um diálogo, com escuta qualificada, seguido da realização do exame citopatológico, orientações e prescrições a partir dos achados. Resultados: Durante a consulta notamos que a partir do vínculo criado no acolhimento, as mulheres relatavam bem mais que suas queixas ginecológicas, discorriam sobre conflitos familiares, anseios pessoais e históricos de violências. A maioria informou que a demora em receber o resultado do exame, permitia pensar que o exame não era tão importante, sendo desnecessário passar por aquele constrangimento incomodo e doloroso. Por fim, evidenciamos certa estranheza quando realizávamos orientações sobre tratamento, noções de higiene e medidas preventivas para infecções sexualmente transmissíveis, uma vez que nunca haviam recebido tais orientações. Conclusão: Destaque para o medo, descontentamento com os serviços e forma de acolhimento como fatores que interferem na adesão ao exame de Papanicolau. Por outro lado, tornou-se evidente a influência do enfermeiro na construção do conhecimento do processo saúde-doença, no estabelecimento de vínculo entre o enfermeiro e a mulher proporcionando um atendimento humanizado, acolhedor e troca mútua de informações.