Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título RODA DE CONVERSA SOBRE OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM CASOS DE HANSENÍASE
Autores
FRANCISLENE APARECIDA DE SOUZA RODRIGUES (Relator)
WALBER GINELI DE JESUS
VAGNER FERREIRA DO NASCIMENTO
Modalidade Pôster
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Relato de experiência

Resumo
As rodas de conversa podem estreitar os vínculos entre profissionais e clientes, permitindo reflexões sobre melhores abordagens, especialmente em patologias negligenciadas. A hanseníase, por exemplo, é uma doença marcada por estigmatizações, muitas vezes por falta de espaço para o diálogo sobre prevenção e tratamento. Assim, propiciar rodas de conversa sobre essa doença, pode romper percepções negativas e consolidar novas relações entre pessoas com hanseníase, profissionais e comunidade. Trata-se de relato de experiência com objetivo de descrever uma roda de conversa sobre os cuidados de enfermagem em casos de hanseníase. O relato foi construído em abril de 2018, a partir da vivência em roda de conversa oportunizada pela disciplina de ética, legislação e exercício profissional, com acadêmicos da terceira fase do curso de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso. Primeiramente, houve leitura de artigo cientifico sobre hanseníase e em seguida, utilizou-se elementos da educação problematizadora de Paulo Freire. Na roda, houve debate sobre a desmitificação de conceitos da doença e como acolher a pessoa com o diagnóstico. Foi surpresa para alguns participantes a informação que o tratamento é gratuito e realizado exclusivamente em serviço público de saúde; o que demonstra certa carência de conhecimentos entre esses acadêmicos e que também pode ser uma realidade entre seus familiares. Foi abordado a importância do vínculo do profissional com esses pacientes, especialmente porque o tratamento gera efeitos adversos que pode interferir no sucesso do cuidado de enfermagem. Assim, cabe ao profissional de enfermagem realizar o planejamento do cuidado, contemplando desde os aspectos físicos aos emocionais, nas diversas ambiências partilhadas pelas pessoas em risco ou acometidas com a doença. Muitos da roda, acreditavam que somente o profissional médico conduzia os casos de hanseníase. Para tanto, foi evidenciado pelos participantes, que o enfermeiro deve estar capacitado para identificar intercorrências e conduzi-las de modo sensato e natural, bem como foi consenso que o cliente deve estar esclarecido e ter consciência da gravidade da doença para que o autocuidado seja realizado em prol de sua qualidade de vida. Essa roda fortaleceu o apreender sobre hanseníase, propondo (auto)reflexões. Além disso, essa estratégia mostrou ser um recurso com grande potencial na aprendizagem dos acadêmicos, suavizando a aprendizagem teórica e aproximando de suas realidades.