Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título SEXUALIDADE NA TERCEIRA IDADE: A VISÃO DOS IDOSOS DE UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO
Autores
LUIZ FERNANDO DE ANDRADE SILVA (Relator)
LUIZ FERNANDO DE ANDRADE SILVA
ADRIANA AVANZI MARQUES PINTO
Modalidade Pôster
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: Sexualidade na terceira idade é um tema amplo, cheio de tabus e preconceito. Para o idoso, sexualidade não é apenas o ato sexual em si, mas também um gesto de carinho, um olhar. Objetivos: Pretende-se com esse estudo conhecer o perfil sexual dos idosos no município de Assis-SP, descrever o perfil do idoso com vida sexual ativa, descrever o perfil de vida e atividade sexual do idoso e analisar seu conhecimento sobre sexualidade. Materiais e métodos: Foi aplicado um questionário já validado pelo Laboratório de Gênero, Sexualidade e Corporeidade (LAGESC/UDESC), composto por 7 perguntas. O presente estudo foi realizado no período de abril à maio de 2017. De um total de 13.442 idosos (IBGE, 2010), 49 participaram do estudo,representando 0,36% da amostra total, distribuídos entre duas ESF e o Centro de Convivência dos Idosos (Clube da terceira idade). Resultados: Quando questionados a respeito da importância do sexo na juventude, 33% disseram ser razoavelmente importante e 53% muito importante. A respeito da frequência sexual semanal na juventude, a maior variação foi 3 vezes na semana (21%). Quando questionados a respeito da satisfação sexual atual, 21% disseram estar nada satisfeito, 25% razoalmente e apenas 20% se disseram muito satisfeito. Sobre se considerar sexualmente ativo atualmente, 20% se diz não ativo, 25% razoavelmente ativo e 20% ativo. Em relação a frequência sexual semanal atual, 35% dos entrevistados disseram nenhuma vez, 21% duas vezes e 44% responderam 1 vez. Sobre a importância atual do sexo, 17% disseram não ser importante e 57% disseram que é muito importante. Em relação a parceria fixa, 57% responderam sim e 43% responderam não, sendo que 36% possuem marido/esposa e 64% namorado(a). Essa alta percentagem de idosos sem relacionamento estável nos chama atenção, principalmente por ser um fator de risco para DST/AIDS. Conclusão: Para a grande maioria dos idosos, há uma diferença em relação ao conceito de sexualidade e sexo. Os profissionais não estão preparados para essa abordagem, por ainda acreditar que os idosos são sexualmente inativos, porém a pesquisa nos mostra o contrário. O fator sexual acaba não sendo o fator de principal de satisfação, pois os idosos falam muito sobre carinho, companheirismo e atenção. Vale ressaltar a importância da sexualidade para eles e a importância da melhora da abordagem pelos profissionais de saúde.