Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título NUTRIÇÃO ENTERAL INTERMITENTE: QUAL O MOMENTO MAIS PROPÍCIO PARA PAUSA PROGRAMADA? ESTUDO CLÍNICO RANDOMIZADO
Autor
VANESSA ALVARENGA PEGORARO (Relator)
Modalidade Pôster
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Dissertação

Resumo
Introdução:Na prática diária, especialmente nas Unidades de Terapias Intensivas (UTI),observa-se diferença de valores entre o volume prescrito quando comparado com o administrado para os pacientes em uso de terapia nutricional por dieta enteral (TNE). Este fato impede que aqueles em estado crítico recebam o suficiente para as suas necessidades nutricionais, contribuindo para desordens metabólicas, desnutrição, aumento da incidência de infecção e consequente aumento da morbimortalidade. Vários fatores concorrem para este fato como: jejum para exames; realização de procedimentos médicos, de enfermagem e de fisioterapia; disfunção gastrointestinal como náuseas, vômitos e diarréia;instabilidade clinica do paciente; remoção da sonda entre os mais citados na literatura. Assim, a interrupção programada da TNE em turno de realização destas atividades, pode contribuir para diminuir ou mesmo zerar as interrupções não programadas. Objetivos:Avaliar em que período, diurno ou noturno, a interrupção na administração da terapia nutricional enteral no paciente crítico é mais segura para garantir as necessidades calculadas. Métodos:Estudo clínico, prospectivo, randomizado. Foram incluídos pacientes com idade maior que 18 anos, em uso de TNE exclusiva. Foram randomizados em dois grupos: Grupo I (interrupção de 8h as 14h), e Grupo II (interrupção de 2h as 8h). Foram comparadas entre os grupos as seguintes variáveis: sexo, idade, Apache II, ASG, peso, necessidades calóricas, proteicas, volumes de dieta prescritos e infundidos. Resultados: Dados demográficos semelhantes entre os dois grupos. A avaliação de gravidade pelo APACHE II evidenciou grupos semelhantes (p=0,168). Na avaliação nutricional pela ASG, nenhum paciente dos dois grupos foi ASG- A, ASG-B 66,7% no grupo I e 86,7 % no grupo II, ASG-C 33,3 % e 13,3%, respectivamente, no grupos I e II (p=0,389). Peso médio idênticos em ambos os grupos (p=0,978). Comparando o volume infundido >60 % entre os grupos, no grupo I a infusão de dieta foi de 66,7 % versus 53,3%, no grupo II (p=0,463). E quanto ao alcance das metas de NC até o 3º dia de infusão, o grupo I obteve 13,3 % comparado ao grupo II com 6,7 % (p=0,549). Alcance da NP no mesmo período, no grupo I comparado ao grupo II (20,0% versus 6,7%, p=0,290). Conclusão:Baseado podemos concluir que as necessidades de terapia nutricional enteral calculadas no paciente crítico são atingidas de forma semelhante tanto para interrupção diurna quanto noturna.