INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) apresenta crescente morbidade e mortalidade, relacionada a diversos fatores, desse modo, há necessidade de se instrumentalizar as populações sobre seus riscos, sinais e sintomas. OBJETIVO: Relatar a experiência acadêmica no desenvolvimento de tecnologia educativa para promoção à saúde sobre hipertensão arterial com os ribeirinhos da Amazônia. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência realizado em uma comunidade ribeirinha no Estado do Pará durante viagem do projeto de extensão “Rio acima, rio abaixo: a enfermagem cuidando da pressão arterial dos ribeirinhos da Amazônia”. O processo educativo foi conduzido mediante uma tecnologia passível de duas classificações, a saber: tecnologia em saúde leve-dura e tecnologia educativa do tipo visual. A tecnologia em questão simulava a evolução da doença em artérias de tamanho grande, para facilitar a visualização e entendimento. Dessa forma, havia três artérias que podiam ser sobrepostas para demonstrar a evolução da doença: a de diâmetro saudável, a com a luz reduzida e a ocluída. RESULTADOS: A valorização do conhecimento prévio dos indivíduos e a preocupação em construir uma tecnologia predominantemente de caráter visual foram condutas de grande valia, especialmente ao considerar a realidade do local, onde a maioria tem pouca escolaridade. CONCLUSÃO: O poder transformador da educação em saúde fez-se presente a partir do fomento do diálogo horizontalizado, o qual proporcionou reflexões aos acadêmicos de enfermagem e aos ribeirinhos diante do ensino-aprendizado realizado por ambos. Referência: SILVA, E. C.; MARTINS, M. S. A. S; GUIMARÃES, L. V. et al. Prevalência de hipertensão arterial sistêmica e fatores associados em homens e mulheres residentes em municípios da Amazônia Legal. Rev. Bras. Epidemiol; 19(1): 38-51, 2016. |