Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título A ENFERMAGEM PROMOVENDO SAÚDE ÀS ILHAS DA AMAZÔNIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA VISITA DOMICILIAR
Autores
ANDREIA PESSOA DA CRUZ (Relator)
IZABELA CRISTINA VALDEVINO DA SILVEIRA
EMILY KAROLAYNE ALEIXO DA SILVA
GIOVANNA DO SOCORRO SANTOS DA SILVA
ROBERTA BRELAZ DO CARMO
GEYSE ALINE RODRIGUES DIAS
JOAO ENIVALDO SOARES DE MELO JUNIOR
Modalidade Comunicação coordenada
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: Majoritariamente as comunidades ribeirinhas são caracterizadas por um alto nível de isolamento e exclusão social refletindo, de modo geral, em problemas referentes ao âmbito econômico, educacional e de saúde. Os desafios encontrados na acessibilidade aos serviços de saúde pelas comunidades da Amazônia tornam esse público vulnerável a diversas intercorrências. Logo, são suscetíveis aos fatores prejudiciais do seu bem-estar biopsicossocial, como falta de saneamento básico, políticas públicas, acidentes domésticos e trabalhistas, riscos de doenças crônicas e infecto parasitárias não diagnosticadas e tratadas. Objetivos: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Pará em uma visita domiciliar a uma família quilombola. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência descritivo de discentes extensionistas, sob a orientação de uma docente do projeto de extensão “Rio a cima, rio a baixo: A enfermagem cuidando da pressão arterial dos ribeirinhos da Amazônia”. Em uma das viagens no mês de maio de 2018 junto ao Programa Luz da Amazônia, o qual tal projeto faz parte, nos foi comunicado a necessidade de uma visita domiciliar a uma família quilombola, haja vista a mãe ter sofrido um acidente na escola onde trabalhava. Prontamente os acadêmicos de enfermagem e medicina junto de seus orientadores e guiados por uma moradora, navegaram pelos rios e caminharam pelas trilhas da Amazônia rumo à moradia. Resultados: A paciente relatou ter sofrido uma queda no local de trabalho, apresentando algia e edema no membro inferior esquerdo, impossibilitando sua deambulação, o que culminou com o seu afastamento. Estava desestabilizada emocionalmente, pois não possui conjunge, sendo totalmente responsável pelo sustento financeiro do lar e seus quatro filhos. Oferecemos apoio emocional, orientamos sobre os cuidados necessários com o membro inferior esquerdo, solicitamos uma assistente social para inseri-la em programas do governo e realizamos coleta do seu sangue e de sua filha para análise laboratorial. Conclusão: A promoção da saúde principalmente às comunidades em vulnerabilidade como os ribeirinhos e quilombolas é dever de todo profissional da saúde, bem como das entidades governamentais. Portanto, projetos como esse transformam as condições precárias de saúde em esperança por meio de acadêmicos e profissionais comprometidos em garantir qualidade de vida adequada a quem necessita.