Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título PESQUISA DA ATIVIDADE REPELENTE DE ALLIUM SATIVUM CONTRA INSETOS AEDES AEGYPTI
Autores
FERNANDA ANDRADE VIEIRA (Relator)
RAQUEL DOS SANTOS DAMASCENO
FABIO MATHIAS CORREA
NAYARA MARY ANDRADE TELES MONTEIRO
SILVIA MARIA SANTOS CARVALHO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Pesquisa

Resumo
Os insetos, na atualidade, são capazes de veicular diferentes patógenos, sendo responsáveis pela transmissão de enfermidades diversas, a exemplo da Dengue, Febre Amarela, Zika Vírus e Febre Chikungunya. A discussão sobre o controle do Aedes aegypti nas Américas tem ganhado a atenção de cientistas, que se veem diante de um desafio, percebendo que uma boa estratégia é a utilização de produtos para uma ação repelente natural, de baixa toxicidade para o homem e o ambiente. Na tentativa de produzir respostas que auxiliem nas estratégias de controle, esse trabalho de pesquisa objetivou avaliar a efetividade da ação repelente do óleo essencial de Allium sativum (alho) sobre os alados da espécie Aedes aegypti. A partir de criadouros naturais e artificiais da área urbana da cidade de ilhéus, foram coletadas larvas em diferentes estádios de desenvolvimento, para experimentação. Para a pesquisa, foram selecionadas larvas L4, que evoluíram a pupas. Após transformação em alados, estes foram submetidos aos testes, mantidos em caixa tipo insetário, em tamanho de 60 cm de comprimento X 60cm de largura X 60cm de altura. Esponja embebida com o óleo essencial foi posicionada na lateral esquerda, ao fundo do insetário, onde 39 alados foram estudados. Em análise observacional foi possível notar que o óleo não possui ação repelente. Os insetos circularam livremente, inclusive mantendo voo e pouso no entorno da esponja. As observações se estenderam por um período de até 24h; e, nesse ínterim, a letalidade dos insetos se deu em diferentes tempos. Nos primeiros 10 minutos de exposição, morreram 03 mosquitos. As mortes seguintes aconteceram com 30 minutos (01 exemplar); 70, 80, 90,190, 200 minutos (01 exemplar em cada tempo; e assim sucessivamente, até o máximo de 24h, com a morte de todos os exemplares. Diante desses resultados, não é possível relacionar a letalidade dos alados à exposição ao óleo essencial, sugerindo que a morte pode ter se dado por qualquer outra razão que não a exposição ao produto. Em estudo anterior realizado pela equipe, foi demonstrada a efetividade do extrato bruto aplicado sobre larvas. Por isso, a interrupção precoce do ciclo do inseto com o uso deste composto deve ser levada em consideração. E, mesmo diante da falta de efetividade do óleo sobre alados, entende-se a importância na insistência da pesquisa no uso de produtos naturais, de fácil acesso, que pouco ou nada onerem ao indivíduo, e ajudem a manter sob controle as enfermidades por eles veiculadas.