Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título APOIO PSICOSSOCIAL E EMOCIONAL A GRADUANDOS DE UMA FACULDADE DE ENFERMAGEM EM SÃO PAULO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
MARCOS ANTONIO CAMPOY (Relator)
ANTONIO MARCOLINO DO NASCIMENTO
SORAYA EL HAKIM
ARTHUR BITTES JUNIOR
ANDREA DE BARROS COSCELLI FERRAZ
ESTELA MARA NICOLAU
CAIO LUISI
ERIC BORAGAN GUGLIANO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Relato de experiência

Resumo
Nossa Faculdade de Enfermagem, localizada na Cidade de São Paulo considerou pertinente à inclusão de um projeto de acompanhamento psicossocial a fim de ajudar os alunos em seus enfrentamentos pessoais, acadêmicos e profissionalizantes. Nosso objeto foi relatar essa experiência sobre acolhimento e acompanhamento psicossocial e emocional a graduandos de Enfermagem. A apresentação do Serviço de Apoio Psicopedagógico aos ingressantes é feita no início do ano letivo. Na ocasião, detalhamos o projeto e as formas de adesão. Os agendamentos eram realizados por iniciativa do aluno ou por sugestão de seus professores mentores. O acolhimento era pautado na escuta, orientação, aconselhamento e acompanhamento nas questões que estavam interferindo no aprendizado do aluno. As sessões individuais tinham uma hora, realizadas em ambiente adequado, com privacidade e sigilo. O apoio era mantido até que a demanda fosse solucionada ou minimizada. Foram do ano de 2013, ano da implantação do projeto, até meados de 2018, atendidos mais de 150 alunos. A adesão foi crescente ano a ano, sobretudo, após a percepção de melhoria por parte dos próprios usuários. O surgimento de processos de identificação gerados pelas disciplinas curriculares humanísticas e a implantação da mentoria ajudaram no projeto. Os problemas trazidos pelos usuários alunos são recorrentes se referiam à aprendizagem, organização de estudos, doenças e, sobretudo, problemas de relacionamentos diversos nos seus trabalhos, estágios, faculdade e em casa com familiares. Os alunos usuários são, majoritariamente, adolescentes e jovens adultos, tinham jornada dupla (trabalho e estudo) e são moradores de regiões periféricas da capital e municípios vizinhos. Para muitos deles o apoio era o único canal que possuíam para falar de suas dificuldades, muitas relacionadas à separação e/ou ausência dos pais, uso de álcool e outras substâncias e a dificuldade em lidar com a própria sexualidade. Chamou atenção a existência de alunos usuários com sinais e sintomas ansiosos e depressivos, com relatos de tentativa de suicídio que levou-nos a promover mais atenção aos processos de mentoria.