Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título O CUIDADO COM A FÍSTULA ARTERIOVENOSA SOB A PERSPECTIVA DO PACIENTE EM HEMODIÁLISE INTERMITENTE
Autores
MARIA EDILEUZA SOARES MOURA (Relator)
EDERSON DOS SANTOS COSTA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Pesquisa

Resumo
A continuidade da vida da pessoa com doença renal crônica consiste em terapias substitutivas da função renal como a hemodiálise e diálise peritoneal, nos casos mais graves, o transplante renal. Os acessos venosos permanentes são essenciais para o processo de terapia renal substitutiva, pois sua eficiência está ligada ao implante, manuseio e cuidados adequados Objetivou-se analisar o conhecimento elaborado por pacientes submetidos à hemodiálise intermitente sobre os cuidados com a fístula arteriovenosa. Estudo transversal, de abordagem quantitativa com 192 pacientes de um centro de hemodiálise, no leste maranhense, no período de agosto a dezembro de 2016 no qual se aplicou um questionário estruturado, calculou-se a frequências absoluta e relativa, bem como testes Chi-quadrado de Pearson e Odds Ratio. Na amostra houve predominância do sexo masculino, 70,3% (135/192), a mediana de idade foi 54 anos, variando entre 21 a 88 anos. Em relação à escolaridade 46,4% (89/192) tinha ensino fundamental incompleto e apenas 2,1% (4/192) apresentava ensino superior concluído. Quanto à ocupação, predominou os aposentados e/ou auxílio doença representando 57,3% (110/192) dos participantes, no entanto a variável outras ocupações representaram 34,8% (67/192). Para a variável renda familiar, a maioria possuía renda menor ou igual a um salário mínimo 92,6% (177/192). Hipertensão arterial e diabetes mellitus foram os agravos de base para a condição de portador de doença renal crônica. No que tange a relação associativa sobre o conhecimento das práticas de autocuidado realizadas pelos pacientes com a FAV segundo o sexo, observou-se que, cuidados como não permitir a aferição da PA no membro no qual localiza-se o acesso a FAV, a razão de chances de homens atentarem-se para este cuidado é 2,392 (IC=0,1-38,9) vezes maior que as mulheres. O conhecimento foi suficiente sobre os cuidados com a fístula arteriovenosa como: não aferir pressão arterial sistêmica no membro da fístula, não permitir a retirada de sangue ou uso de medicamentos nas veias no braço da fistula e lavar a FAV com água e sabão de modo frequente em casa. Assim, os cuidados realizados pelos próprios pacientes na preservação da fístula arteriovenosa, apesar de incipiente, foram satisfatórios.