Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título IDENTIFICAÇÃO DE DANO CROMOSSÔMICO EM CÉLULAS ESFOLIADAS DA MUCOSA DO COLO UTERINO COM O TESTE DE MICRONÚCLEOS
Autores
ANNA BEATRIZ DA SILVA DE SOUSA MELO (Relator)
LAIANE SILVA MORORÓ
MARIANNA SOUSA ALVES ARAÚJO
MARIA EDILEUZA SOARES MOURA
MAGNÓLIA DE JESUS SOUSA MAGALHÃES
Modalidade Comunicação coordenada
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Pesquisa

Resumo
O câncer cervical caracteriza-se por desordem nas camadas de células epiteliais que revestem o colo do útero e corresponde a 10% de todos os cânceres diagnosticados na população feminina. Na sua forma latente a única maneira de diagnóstico é a técnica molecular, sendo o teste de micronúcleos uma opção vantajosa por serem excelentes marcadores biológicos de detecção do risco de câncer. Objetivou-se identificar com o teste de micronúcleos os danos cromossômicos em células esfoliadas da mucosa do colo uterino. Trata-se de um estudo experimental, com abordagem quantitativa, realizada nos anos de 2017 e 2018. Recrutaram-se mulheres atendidas no serviço público municipal de saúde no município de Caxias (MA) que buscavam a realização do exame de Papanicolau. As amostras foram colhidas a partir de células esfoliadas durante a realização do Teste de Papanicolau, recolhidas do canal endocervical com auxílio de escova cervical, sendo em seguida colocadas em lâmina de vidro transparente, em sentido único, espalhadas uniformemente e secas à temperatura ambiente. Foi aplicado o teste de micronúcleos em cada amostra cervical, com contagem de cerca de 1000 células em cada amostra analisada e uso de questionário semiestruturado na coleta de dados socioeconômicos e hábitos de vida das participantes. Foram incluídas no estudo 43 mulheres, em sua maioria acima de 30 anos (72,1%), casadas (62,8%), autodeclaradas pardas (53,4%), donas de casa (37,2%). Na análise microscópica observaram-se números variados de micronúcleos por amostras, com colorações iguais ou mais claras que o núcleo. Houve maior presença de células polimicronucleadas entre mulheres com diagnóstico de infecção sexualmente transmissível e coitarca antes dos 18 anos. O teste de micronúcleos possibilitou a observação dos danos cromossômicos nas amostras analisadas a partir da identificação de micronúcleos, entendendo-o como um teste eficaz no rastreamento precoce de mulheres em risco de desenvolvimento do câncer cervical e auxilio na redução da mortalidade feminina por câncer do colo do útero.