Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título GRUPO DE CUIDADORES DE PESSOAS COM DOENÇA DE ALZHEIMER: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Autores
JULIANA ANDRADE LOBO SHIKASHO (Relator)
JULIANA ANDRADE LOBO SHIKASHO
VALERIA CRISTINA JODJAHN FIGUEIREDO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Relato de experiência

Resumo
Trata-se de um relato de experiência sobre a atuação do enfermeiro em um grupo de cuidadores informais de pacientes com Doença de Alzheimer de um ambulatório de especialidade. A equipe de enfermagem percebeu, durante os atendimentos, a dificuldade do cuidador em lidar com familiares com diagnóstico e seu sofrimento ao se deparar com uma patologia tão complexa. Segundo protocolo clínico do Ministério da Saúde de 2013, a Doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo que se manifesta por deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades e sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais. Os portadores de Alzheimer, com a evolução da doença, tornam-se dependentes e requerem o auxílio para executar atividades ou tarefas no seu dia a dia. Com a doença instalada, o cuidador introduz novas ações e tarefas no seu dia a dia, provocando, muitas vezes, mudanças ou alterações no seu cotidiano. O objetivo do grupo é levar informações sobre a doença e os cuidados que ela implica, bem como esclarecer dúvidas sobre o assunto e incentivar o auto-cuidado do cuidador, visando a melhoria da qualidade de vida tanto do cuidador quanto do paciente. A atividade iniciou-se em julho de 2018. É realizada mensalmente, mediante um planejamento prévio com a equipe multiprofissional, que conta com uma psicóloga, duas enfermeiras e duas auxiliares de enfermagem. A reunião tem duração de 2 horas, há uma aula expositiva do enfermeiro sobre um tema pertinente à patologia ou ao cuidado e os participantes são incentivados a trocar experiências, oportunizando espaço para depoimentos. Observamos que há uma constante participação dos cuidadores, o que comumente não ocorre em outros grupos, onde é notado um significativo esvaziamento. Considerando que muitos cuidadores não poderiam comparecer se não pudessem trazer o familiar, outra enfermeira desenvolve atividades de estimulação com os pacientes, em um ambiente separado. Ao compreendermos a necessidade da construção e formação de um grupo para cuidadores informais, logo, entendemos a importância de cuidar daquele que cuida. Observamos um benefício visível para o bem-estar do cuidador, do paciente presente e um aprimoramento do cuidado prestado.