Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título ATIVIDADES EDUCATIVAS SOBRE CORRIMENTOS E SEXUALIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UMA CADEIA PÚBLICA FEMININA
Autores
MATEUS ALENCAR FERREIRA (Relator)
ERIK CRISTÓVÃO ARAÚJO DE MELO
MICHELLE CHRISTINI ARAÚJO VIEIRA
KALLINY MIRELLA GONÇALVES BARBOSA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: na pós-modernidade é possível perceber a persistência de um modelo de sistema prisional falho, arcaico e que pouco se modifica desde quase dois séculos. A precariedade desses locais aliada à condição de contato íntimo e prolongando resulta na ausência de uma individualidade e particularidade entre as pessoas privadas de liberdade. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo do tipo relato da experiência de um projeto de extensão intitulado “Saúde da mulher na prisão: uma proposta de promoção da saúde” desenvolvido na Cadeia Pública Feminina de Petrolina (CPFP), o qual busca a prevenção, tratamento e educação das mulheres privadas de liberdade, a fim de uma melhora no bem-estar físico, mental e social, intramuros e extramuros. Para tanto, utilizou-se como metodologia atividades educativas de caráter pedagógico para a compreensão dos corrimentos e da sexualidade, sendo indispensável a interação e a atratividade, assim empregou-se para o desenvolvimento dessas oficinas: imagens projetadas e maquetes para simular os tipos de corrimentos vaginais e uretrais. Objetivo: relatar as atividades educativas desenvolvidas pelos extensionistas com as mulheres reclusas na CPFP. Resultados: as atividades sobre corrimentos e sexualidade ocorreram a partir de oficinas lúdicas com a finalidade de facilitar a compreensão do assunto, assim a partir da apresentação do conteúdo elaborou-se um questionário na forma de quiz com uso de plaquinhas com colorações verde e vermelho para que as reeducandas pudessem responder se a afirmativa era verdadeira ou falsa. Observou-se, nesse momento, o interesse das mulheres em conhecer os tipos de corrimentos como forma de auxiliá-las na identificação e na prevenção, uma vez que por compartilharem os mesmos ambientes ressaltaram a importância do autocuidado, bem como da identificação precoce para o início do tratamento. Desse modo, os extensionistas notaram a inaplicabilidade dos direitos e deveres enquanto cidadãs como também apenadas, pois sabe-se que o direito à saúde é uma garantia de condições dignas de vida, devendo ser assegurado o acesso isonômico e universal aos serviços de promoção e recuperação da saúde à todas as pessoas. Conclusão: percebeu-se que as práticas educativas dentro do sistema prisional têm grande potencial de ressocialização e reeducação, sendo efetiva à promoção em saúde por auxiliar na prevenção, bem como no reconhecimento de doenças e agravos que afetam a saúde do indivíduo.