Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título A FALTA DE COMUNICAÇÃO INTERPROFISSIONAL E SEU IMPACTO NAS PRÁTICAS HOSPITALARES DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
Autores
HEVELYN KELLY SAMARA LEITE DE ALMEIDA (Relator)
HADASSA CLAUDINO MIRANDA
TATIANA DE OLIVEIRA BENEVIDES
FERNANDO VITOR ALVES CAMPOS
DHÉSSIKA RIVIERY RODRIGUES DOS SANTOS COSTA
MILLENA COELHO GUIMARÃES
SUELEEN THAISA HENRIQUE DE SOUZA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Relato de experiência

Resumo
A comunicação interprofissional na saúde é essencial na promoção da assistência integral ao paciente. Entretanto, a realidade nos serviços de saúde não demonstra essa perspectiva, pois os profissionais estão centrados no modelo biomédico regente, resultando na fragmentação do atendimento à saúde. Essa falha, que decorre da formação acadêmica centrada no uniprofissionalismo, individualiza o acolhimento, além de prejudicar a interação entre profissionais e acadêmicos em atividade na instituição. A presença de estudantes no ambiente hospitalar é caracterizada por um relativo distanciamento destes com a equipe do serviço, impossibilitando um canal de expressão; limita-se, assim, o aprendizado e o cuidado diferenciado ao paciente. O objetivo deste trabalho é referir a importância da comunicação interprofissional para a experiência de acadêmicos de enfermagem em práticas hospitalares. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado por seis estudantes de enfermagem da Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF no contexto do módulo de Práticas do Cuidar II. Foram desenvolvidas atividades relacionadas ao cuidado no Hospital Universitário – HU UNIVASF, no mês de agosto de 2018, em Petrolina-PE. Durante cinco dias, analisou-se prontuários e, posteriormente, houve a aplicação do Processo de Enfermagem - PE em todas as suas etapas: Coleta de dados, Diagnóstico, Planejamento Implementação e Avaliação. Observou-se que não houve a receptividade esperada de um hospital de ensino, pois sugere-se que os profissionais do serviço não acreditam no potencial dos acadêmicos pela inexperiência dos mesmos. Frequentemente, muitas atribuições que deveriam ser delegadas aos alunos não o são, além dos mesmos serem culpabilizados indevidamente por falhas alheias. Porém, sabe-se que os estudantes possuem embasamento teórico necessário para realização de diversos procedimentos e estão em determinado ambiente para aplicação prática e aprendizado destes. Visto que as instituições que interligam ensino e serviço são fundamentais para a formação em saúde e consolidação do Sistema Único de Saúde-SUS, torna-se evidente a importância da interação dialética não apenas entre profissionais de saúde, mas também entre os mesmos e os estudantes. Portanto, é preciso que haja um sentimento de corresponsabilidade na formação dos futuros profissionais por parte da equipe de saúde da instituição, para que se consiga uma efetivação do aprendizado.