Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título EXAME PREVENTIVO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E A PERCEPÇÃO DAS MULHERES DA ZONA RURAL
Autores
RONEI VICTOR SOARES FERREIRA (Relator)
SOLANGE ROSSI DE ARRUDA
NEIDE TARSILA DA COSTA ARAÚJO
BRUNA EDUARDA ZDRADEK DE LIMA
ERICA GABRIELE DA SILVA PEREIRA
PÂMELA JUARA MENDES DE OLIVEIRA
AIRTON LIMA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Monografia

Resumo
INTRODUÇÃO: No Brasil, a saúde da mulher foi incorporada às políticas nacionais de saúde nas primeiras décadas do século XX, onde se focalizavam somente às demandas relativas à gravidez e ao parto. Ainda hoje, estima-se que mulheres da zona rural são mais vulneráveis às enfermidades devido à baixa escolaridade, à pobreza, às situações de violência e as relações de trabalho e de gênero. OBJETIVO: Descrever a percepção das mulheres rurais frente à importância do exame preventivo do câncer de colo de útero. Identificar possíveis fatores que dificultam ou se constituem em impedimentos para a realização do referido exame. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, realizada em outubro e novembro de 2014, com 20 mulheres da zona rural da Comunidade Monalisa no município de Sinop/MT, com vida sexual ativa e em especial as faixas etárias entre 25 a 64 anos. RESULTADOS: 12% das entrevistadas correlacionaram à realização do exame a prevenção do câncer do colo uterino, 29% disseram não saberem para que serviam e 59% disseram que o exame era para identificar problemas ginecológicos como corrimentos e infecção, 88% disseram que não sabiam e nem imaginavam o que leva o desenvolvimento do câncer e apenas 12% disseram estar relacionado com feridas e a multiparidade. Em relação aos sentimentos sobre o exame, declararam: 25 % sentiam vergonha e constrangimento, 30% achavam desconfortável, 30% disseram ter medo do resultado. Não houve uma proporção considerável que justifique a não procura pelo exame devido à distância da UBS, visto que 80% dos casos, a UBS está próxima a suas residências. A escolaridade apresentou relação com a falta de conhecimento, visto que 65% das mulheres tinham apenas o ensino fundamental incompleto. CONCLUSÃO: Verificou-se a necessidade da elaboração de estratégias diferenciadas para melhorar as ações de educação e promoção da saúde, a fim de estimular mulheres de zonas rurais o acesso ao conhecimento e provocar uma transformação positiva quanto ao seu comportamento em saúde.