Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR DIABETES MELLITUS E FATORES SOCIOECONÔMICOS: ESTUDO ECOLÓGICO
Autores
ROSILENE ROCHA PALASSON (Relator)
ROSILENE ROCHA PALASSON
ELISABETE PIMENTA ARAÚJO PAZ
GERSON LUIZ MARINHO
LUIZ FELIPE DA SILVA PINTO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: As complicações em pacientes com diabetes mellitus são comuns e relacionadas ao controle metabólico inadequado. Podem ser agudas ou crônicas, e resultam frequentemente em internações por descompensações ou efeitos da patogênese do estado hiperglicêmico contínuo. Nos pacientes com diabetes tipo 2, os quais representam 90% dos casos de diabetes mellitus, as principais complicações crônicas são as doenças cardiovasculares, cerebrovasculares, nefropatia e neuropatias com as amputações de extremidades como consequência principal. Conhecer a evolução das internações ao longo de um período, possibilita analisar as ações de vigilância em saúde e repensar sobre a qualidade da atenção prestada. Objetivo: Descrever a ocorrência de internação por diabetes mellitus 2 nos bairros do município do Rio de Janeiro, entre os anos de 2010-2015, segundo sexo e faixa etária. Método: Pesquisa observacional, com delineamento ecológico cujas unidades de análise foram os bairros do município do Rio. As ocorrências de internações por amputações ligadas ao DM2 foram estudadas entre os anos de 2010-2015, em áreas programáticas do Rio de Janeiro. A seleção das internações se deu a partir dos códigos atribuídos ao diabetes mellitus, de acordo com a 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças, agrupando-se os códigos “E10”, “E11” e “E14”. Internações causadas por Diabetes mellitus relacionados outros tipos s de diabetes (E13) não foram incluídos. Realizou-se a análise estatística dos dados foi utilizado o software SPSS. Resultados: Neste estudo foram incluídas 9.598 internações de pessoas de 18 anos e mais, residentes no município do Rio de Janeiro. O número total de internações foi próximo entre homens e mulheres (50,7% homens e 49,3% para mulheres). O risco de internação foi 24% mais elevado para internações do sexo masculino, em comparação ao feminino (OR=1,24; IC95% 1,19- 1,29). A comparação das frequências, segundo sexo e faixas etárias revela um incremento de 8,2% entre os homens de 18 a 39 anos. Nas demais faixas etárias mantem-se queda ou estabilidade das frequências. Conclusão: Os dados apontam queda das taxas de internações a partir de 2012. As maiores taxas por sexo no início da série de anos estão na região que comporta bairros e “comunidades” centrais do município e as menores taxas na zona sul. As maiores taxas de internação estão entre os idosos, em todas as regiões, mas a diferença quase triplica entre o grupo de 18-39, em algumas áreas.