Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título SURTO EPIDEMIOLÓGICO DA DOENÇA AGUDA PELO VÍRUS ZIKA NO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL, 2015
Autores
NATHALIA ALVES DE JESUS (Relator)
ROUDOM FERREIRA MOURA
JAQUELINE FREIRE DOS SANTOS
KARLA LAÍSA GOMES DA SILVA
TERESA CRISTINA GIOIA SCHIMIDT
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: Dentre as arboviroses, o Vírus Zika é um dos mais importantes causadores de surtos ou epidemias, sendo transmitido ao homem através da picada de um mosquito do gênero Aedes. Nas Américas, os primeiros casos de Zika foram no Brasil em maio de 2015 e acabou por ser declarado, em novembro do mesmo ano, como Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos confirmados do surto da Doença Aguda pelo Vírus Zika no Estado de São Paulo em 2015. Método: Estudo descritivo, baseado em dados secundários, derivados das informações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-net) do Estado de São Paulo com recorte dos casos confirmados que apresentaram início dos sintomas em 2015. Para o cálculo da taxa de incidência, a população foi obtida por meio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os casos da Doença Aguda pelo Vírus Zika foram confirmados por critério laboratorial (reverse transcription polymerase chain reaction (RT-PCR)) e clínico-epidemiológico. Foram selecionadas variáveis a partir da ficha de notificação/conclusão da doença. Para a análise dos dados, utilizou-se estatística descritiva, aplicando-se os Softwares TabWin 3.6b, Microsoft Excel 2010 e o Programa R 3.5.1/RStudio. Resultados: Foram notificados 296 casos da Doença Aguda pelo Vírus Zika. Desses 82 (27,7%) foram confirmados, sendo 52 (63,4%) constatados como autóctones. A confirmação se deu, na maioria, pelo critério laboratorial (51,2%). A idade média em anos foi de 35 com desvio padrão de 17. A maioria dos casos ocorreu nos indivíduos do sexo feminino (63,4%); não gestantes (74,4%) e com residência em área urbana (82%). Em relação as variáveis raça/cor e escolaridade: 51,2 % e 67,1%, respectivamente, não apresentaram informação. Os casos foram confirmados em 23 municípios, sendo o maior número em Ribeirão Preto (30), Campinas (13) e São Paulo (07) e não foram confirmados óbitos. Conclusão: Os municípios de Ribeirão Preto, Campinas e São Paulo apresentaram maior número de casos da doença. No entanto, o maior risco da enfermidade se deu em Marapoama (incidência de 34,66 por 100.000 habitantes), Jardinópolis (incidência de 4,78 por 100.000 habitantes) e Ribeirão Preto (incidência de 4,50 por 100.000 habitantes).