Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Autores
LUCÍOLA GALVÃO GONDIM CORRÊA FEITOSA (Relator)
VANESSA VELOSO NUNES COSTA LEITE
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Dissertação

Resumo
Introdução: A atenção básica, por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF), configura um campo de práticas e de produção de novos modos de cuidado em saúde mental. Objetivos: identificar as ações do enfermeiro na assistência prestada aos portadores de transtornos mentais na atenção básica; discutir a concepção dos enfermeiros sobre o atendimento em saúde mental; descrever as potencialidades e dificuldades sentidas pelos enfermeiros sobre o atendimento em saúde mental na atenção básica; realizar um diagnóstico estratégico da atuação do enfermeiro em Saúde Mental na ESF através da matriz swot. Métodos: Pesquisa qualitativa, com 20 enfermeiros que trabalham em dez Unidades Básicas de Saúde da zona urbana de Teresina/PI vinculadas à Fundação Municipal de Saúde. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas iniciadas após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com o número de parecer 1.993.663 em 31 de março de 2017 e consentimento esclarecido dos entrevistados e submetidos à análise de conteúdo. Resultados: A faixa etária dos 20 enfermeiros participantes variou entre 30 e 66 anos, a maioria pertencente ao sexo feminino, o tempo de formação variou entre 08 e 38 anos, o período de atuação na Estratégia Saúde da Família variou entre 07 e 20 anos, 14 enfermeiros cursaram sua graduação na Universidade Federal do Piauí e somente 06 relataram terem feito capacitações na área de saúde mental. Os profissionais enfermeiros entrevistados relataram a importância do vínculo com a comunidade, porém apontaram dificuldades em relação ao atendimento em saúde mental, tais como, prática recorrente da medicalização, ausência de um fluxo de referência e contra referência, insatisfação dos enfermeiros por não conseguirem ser resolutivos, ausência de articulação intersetorial dos serviços de saúde e a falta, na sua formação acadêmica e profissional, de conhecimentos, habilidades e treinamentos específicos para a atuação na atenção básica, principalmente por falta de incentivo dos gestores. Conclusão: Há prevalência do contexto biomédico no atendimento em saúde mental, as ações realizadas pelos enfermeiros em relação à saúde mental são quantitativamente insuficientes, há necessidade contínua de capacitações nessa área para os enfermeiros da Estratégia Saúde da Família e coexiste a necessidade urgente de integração de atores, serviços e redes sociais no atendimento nessa área na atenção básica.