Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título PREVALÊNCIA DE ALTO RISCO PARA EVENTOS CORONÁRIOS NO BRASIL, 2013
Autores
PEDRO GILSON BESERRA DA SILVA (Relator)
KARINA CARDOSO MEIRA
JULIANO DOS SANTOS
TAYNÃNA CÉSAR SIMÕES
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Objetivo: Estratificar e analisar a prevalência de fatores associados ao alto risco para evento coronário na população brasileira de acordo com a I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular. Método: Estudo transversal com base nos dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013. Foram classificados como alto risco para evento coronário (AEC) os indivíduos que responderam sim para pelo menos uma das seguintes questões: presença de diabetes mellitus; infarto agudo do miocárdio; acidente vascular encefálico; angina; insuficiência renal crônica e cirurgia de revascularização (ponte de safena. As análises bivariadas entre AEC (sim/não) foram realizadas pelo teste qui-quadrado com correção de Rao e Scott, e entre categorias pelo teste entre proporções, considerando os pesos amostrais utilizando-se a biblioteca survey, do programa estatístico R. Resultados: A prevalência de AEC na população brasileira foi de 11,06% (IC95% 10,83-11,29), a maior proporção dos indivíduos classificados com alto risco para evento coronário referiram diabetes mellitus (64,79%; IC95% 63,66-65,92), acidente vascular cerebral (15,56%; IC95% 14,73-16,39) e insuficiência renal crônica (14,51%; IC95% 13,65-15,37). Evidenciou-se maior prevalência de alto risco para evento coronário no sexo feminino (56,92%; IC95% 55,71-58,13), faixa etária de 60 e mais anos (49,92%; IC95% 48,71-51,13), casados (54,19%; IC95% 53,06-55,33), ensino fundamental completo (47,42%; IC95% 46,24-48,61), da raça/cor branca (51,41; IC95% 50,15-52,66) e residentes na região Sudeste (48,01%; IC95% 46,45-49,57).Observou-se que os brasileiros classificados com AEC apresentam maior proporção de indivíduos com menor nível de escolaridade, que autorreferiram sua saúde como muito ruim/ruim, não praticavam atividade física, fumantes no passado, quando comparados aos indivíduos não classificados com alto risco. Conclusão: Os achados do presente estudo mostraram que cerca de 11,0% da população brasileira apresenta alto risco para evento coronário. E assim, possuem mais de 20% de risco de um novo evento coronariano nos próximos 10 anos. Acredita-se que esta realidade esteja associada ao processo de transição demográfica, epidemiológica e nutricional ocorrida nas últimas décadas no Brasil.