Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título RONDA ASSISTENCIAL: A ATUAÇÃO DIFERENCIADA DO ENFERMEIRO NAS UNIDADES DE INTERNAÇÃO
Autor
KARINA GRACIELA SUZIGAN ARAUJO (Relator)
Modalidade Comunicação coordenada
Área Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: A instabilidade clínica e deterioração dos sinais vitais nos pacientes internados nas unidades de internação tem se tornado problema frequente nas instituições de saúde. A avaliação e acompanhamento destes pacientes deve ser realizada fortemente pelo enfermeiro para conduzir os cuidados, avaliar as respostas terapêuticas e intermediar os cuidados junto a equipe multidisciplinar. Neste sentido, o Ronda da Assistência foi elaborado visando a detecção precoce de sinais de instabilidade clínica para intervenção terapêutica efetiva, como também a monitoração efetiva de paciente com ventilação não invasiva, quimioterapia e uso de droga vasoativa. Frente a esta problemática, optou-se em levantar um grupo de pacientes, cuja visita do enfermeiro ocorre mais vezes durante o turno de trabalho, a fim de analisar as respostas favoráveis e desfavoráveis frente a terapêutica e agir precocemente nos sinais de deterioração clínica do paciente. Objetivo: Demonstrar o desfecho clínico dos pacientes inseridos no ronda da assistência. Metodologia: Trata-se de relato de experiência que descreve a vivência da coordenação de enfermagem das unidades de internação na implementação do Ronda da Assistência em um hospital privado de médio porte e avaliação do processo frente a indicadores de processo. Resultados: Dentre abril a junho de 2018, 64,8% dos pacientes obtiveram alta hospitalar, 16,9% mantiveram-se internados nas enfermarias, 5,6% evoluíram a óbito e 12,2% dos pacientes foram encaminhados para UTI. Dos pacientes que evoluíram a óbito, houve predomínio de câncer com 54,6%, 18,2% por DRC e 9,1% DPOC e AVC. Dos pacientes encaminhados para UTI, 34,9% apresentavam sangramento intestinal, 25% desconforto respiratório, 18,7% sepse, 12,5% rebaixamento do nível de consciência e 12,5% dor abdominal. Observado queda de 25% nos acionamentos de PCR e aumento de 80% no número de transferências para UTIA quando comparado ao trimestre anterior. Conclusão: A atenção do enfermeiro assistencial voltada a pacientes com maior criticidade nas unidades de internação resultam na detecção precoce de deterioração clínica e acompanhamento das respostas dos pacientes frente a terapêutica. O acompanhamento do desfecho, e da realização do plano de trabalho do enfermeiro pelo gestor da área através de indicadores de processo fortalece a atuação do enfermeiro nas unidades de internação.