Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título DISTRIBUIÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO EM ENFERMAGEM NO BRASIL
Autores
MAYNARA FERNANDA CARVALHO BARRETO (Relator)
MAYNARA FERNANDA CARVALHO BARRETO
MARIA DO CARMO FERNANDEZ LOURENÇO HADDAD
Modalidade Comunicação coordenada
Área Ética, Legislação e Trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) consideram a força de trabalho em saúde como um dos principais componentes no alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e da estratégia de acesso e cobertura universal de saúde. Para tanto, faz-se necessário que a distribuição dos recursos humanos seja adequada e que exista um número de profissionais ativos suficientes para as demandas existentes e para o alcance da cobertura universal de saúde. Objetivo: refletir sobre a distribuição da força de trabalho em enfermagem no Brasil. Material e método: estudo de reflexão originado a partir do desenvolvimento da pesquisa intitulada “Distribuição de pessoal de enfermagem na Região das Américas”, publicada no primeiro semestre de 2018 na Revista Pan Americana de Saúde Pública. A pesquisa foi realizada utilizando uma análise descritiva e exploratória de 27 países que integram a Região das Américas. Os dados foram obtidos por meio da Plataforma de Informação em Saúde das Américas (PLISA) da OPAS/OMS. Neste estudo, o Brasil destacou-se por possuir o maior número de escolas de enfermagem da Região com dados completos e atualizados por estado. Resultados e Discussão: Dados de 2017 mostram que o Brasil possui aproximadamente 1.998.109 profissionais de enfermagem, dos quais 476.754 (23,8%) são enfermeiros, 1.094 091 (54,8%) são técnicos de enfermagem e 426.933 (21,4%) são auxiliares de enfermagem. O número de enfermeiros por 10 mil habitantes variou de 12,7 (Pará) a 39,9 (Distrito Federal). O número de técnicos por 10 mil habitantes de 34 (Alagoas) a 112,1 (Amapá) e, de auxiliares de enfermagem de 6 (Maranhão) a 42,7 (São Paulo) profissionais. O país apresenta uma razão de enfermeiro por médico de 0,47. A heterogeneidade entre a distribuição da força de trabalho entre os estados mostra uma desigualdade numérica e um déficit de profissionais, sobretudo de enfermeiros, para atender a demanda da população diante das demandas existentes. Conclusão: Considerando que a enfermagem compõe a maior força de trabalho em saúde e, a partir dos dados apresentados, há necessidade de o país buscar ampliar o número de profissionais de enfermagem e criar estratégias que possam minimizar a escassez do número de profissionais ativos afim de melhorar os serviços de saúde e acesso à população. Palavras chave: Força de Trabalho; Pessoal de Enfermagem; Recursos Humanos.